Segundo especialista, uso diário fica mais parecido com o de um domingo: cresce durante a manhã, atinge um patamar à tarde e tem pico à noite. Aumento do tráfego está pouco acima do normal
De acordo com a Cloudflare, empresa especializada em serviços para internet, não é incomum que existam diferenças de tráfego durante períodos do dia e é normal o aumento em eventos específicos, como as Olimpíadas ou a Copa do Mundo — e até manifestações religiosas como o Ramadan, época de jejum tradicional da cultura islâmica.
Na Europa, onde a crise causada pela doença está mais acentuada, os Pontos de Intercâmbio têm apresentado alta no consumo de banda de 10% a 20% em países como Alemanha e Reino Unido — e até 40% na Itália, país com o segundo maior número de casos registrados da doença.
Dados agregados pela Cloudflare mostram que o consumo tem peculiaridades: durante anúncios televisivos de Emmanuel Macron, presidente da França, o consumo de dados diminuiu, presumivelmente porque os franceses acompanharam pela TV. O mesmo aconteceu quando o governo da Holanda anunciou o fechamento do lojas, em um posicionamento via rádio.
Em universidades europeias, o isolamento fez com que o uso da internet se tornasse mais parecido com os dos finais de semana, quando esses lugares têm menos acessos.
Rede é feita para resistir a mudanças
Apesar do leve aumento e das mudanças do perfil de consumo, não há preocupação com eventual interrupção do serviço. Embora alguns aplicativos e sites fiquem fora do ar ou tenham problemas de serviço, o núcleo da internet é mais robusto.
De acordo com Sirota, do IX.br, a internet é uma rede muito distribuída e resiliente, bastante imune a falhas. “A internet no brasil é muito robusta. Não devemos ter problemas nesse sentido”, disse. “Temos muita capacidade instalada, principais provedores de conteúdo tem bastante conectividade, e acesso é um gargalo.”