Janeiro Branco: no mês dedicado à saúde mental, o psicólogo Elton Kirk Machado reflete sobre os desafios do novo normal

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A pandemia trouxe a necessidade de isolamento social para conter a propagação do vírus SARS-Cov-2. 

Avanço da vacinação, retomada das atividades presenciais… no janeiro branco, mês dedicado à saúde mental, profissionais da área refletem sobre os desafios do chamado “novo normal”. Por mais que a pandemia da covid-19 pareça mais controlada, ensaiar um recomeço pode não ser fácil para muitas pessoas.

O psicólogo da Clínica Corpo e Mente, Elton Kirk Machado, destaca: “a vida exige movimento, mas também é preciso reconhecer os nossos limites para que o medo de sair de um espaço seguro não se torne em uma fobia”.

Síndrome da Caverna e o medo de sair de casa

A pandemia trouxe a necessidade de isolamento social para conter a propagação do vírus SARS-Cov-2. Mas, depois de quase dois anos de inúmeras restrições, o retorno às atividades pré-pandemia, período aguardado por muitos, tem levado a outros ao pânico.

“O tempo passou e foi o suficiente para algumas pessoas desenvolverem costumes bem sólidos. Ir à academia, ao shopping, ou comprar pão na padaria, por exemplo, atividades que antes eram consideradas simples, passaram a ser vistas como um problema para muitos”, diz.

A chamada “Síndrome da Caverna”, caracterizada pelo medo de sair de casa ou interagir socialmente, pode provocar sintomas desagradáveis. “Há uma tendência de evitar o encontro com outras pessoas por falta de confiança e medo. Mas, a longo prazo, pode se transformar em um grande problema de socialização”, alerta o especialista.

F.O.D.A: o flerte no pós-pandemia

Na hora do flerte, os primeiros encontros são preenchidos com aquele friozinho na barriga e a dúvida: “será que ele (a) vai gostar de mim?”. Tudo isso, somado ao álcool em gel e máscaras, o estresse pode ser ainda maior. O fenômeno já vem sendo estudado pelo mundo e recebeu o nome de F.O.D.A (fear of dating again), em português, “medo de namorar”.

O psicólogo Elton Kirk Machado ressalta que esse é problema a ser enfrentado no pós-pandemia. “Use a tecnologia a seu favor. Videochamadas e conversas por telefone podem ajudar nesse processo, já que dão uma ideia melhor das características do parceiro”.

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