Jovem acusada de matar irmão de 5 anos fica em silêncio durante audiência

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Última audiência de instrução foi realizada em São Roque (SP); ré passará por exame mental a pedido da Justiça.

A jovem que foi presa depois de torturar e matar o irmão de 5 anos ficou em silêncio durante a última audiência de instrução, em São Roque (SP). A informação foi confirmada pela defesa, na tarde desta sexta-feira (13). No dia 4 de abril, Karina Aparecida da Silva Roque foi flagrada e detida pelo crime.

Agora, é esperado que a jovem faça um exame de sanidade mental, autorizado pela Justiça. De acordo com o advogado da ré, Joel Fernando Ribeiro de Oliveira, foi instaurado o incidente de insanidade mental e o perito nomeado fará o exame ainda em dezembro.

Ainda segundo o advogado, a Justiça deverá se pronunciar depois que for emitido o laudo. No caso, o documento irá apontar se ela é considerada inimputável, quando, por doença psíquica, não pode punir a ré de acordo com o processo de execução penal.

Em 6 de maio, o Ministério Público denunciou a jovem por homicídio qualificado, tentativa de homicídio contra o tio, ocultação de cadáver, alteração do local dos fatos e crime ambiental por ter mordido um cachorro, que foi salvo por pessoas que flagraram a agressão.

A detenta está na Penitenciária Feminina “Santa Maria Eufrásia Pelletier” de Tremembé (SP).

‘Perdi dois filhos’

Anteriormente, a mãe da ré, a manicure Daniela Cordeiro da Silva, contou que no dia do crime deixou a criança com a Karina para ir ao mercado e se deparou com a situação assim que retornou.

“Não sei o motivo, mas para mim ela estava mexendo com coisa ruim no celular. Tenho dó, é minha filha, mas tem que pagar. Nunca ensinei nada errado a ela”, contou.

Relembre o caso

Inicialmente, Karina, de 18 anos, confessou à Polícia Militar que asfixiou o irmão Maycon Aparecido da Silva Roque com um travesseiro, na casa da família, no bairro Gabriel Pizza. Depois que o menino já estava morto, segundo o boletim, ela contou que furou os olhos do menino, decepou e comeu o pênis, e ainda queimou os pés dele.

Após ser encaminhada à delegacia, Karina permaneceu em silêncio, não confirmando a versão apresentada inicialmente à PM no local do crime. Na ocasião, vizinhos relataram terem ouvido “gritos de desespero” vindos da casa da família, no bairro Gabriel Pizza.

À polícia, mãe e tio disseram que a jovem se dava bem com o irmão, porém começou a apresentar um “comportamento alterado” na semana do crime. O corpo de Maycon foi velado e enterrado um dia após o crime, em 5 de abril, no Cemitério da Paz em São Roque.

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