Paulo Felipe Camargo, de 20 anos, sofreu cinco facadas por todo o corpo. Ele era amigo de Guilherme Caique, da mesma idade, e que morreu em decorrência das perfurações.
“Eu fui vítima de uma tentativa de homicídio”, contou Paulo Felipe Camargo, de 20 anos, uma das quatro pessoas golpeadas com uma canivete durante uma festa em Apiaí, no interior de São Paulo. O jovem contou como foi a confusão que resulto na morte do amigo Guilherme Caique, da mesma idade, e deixou outros dois feridos. O criminoso segue foragido.
O crime aconteceu em uma chácara no bairro Campininha, na noite do último domingo (25). De acordo com a investigação, o suspeito é Juliano Silva, de 23 anos, enquanto as vítimas socorridas têm 18, 20 e 21, sendo uma mulher, a mais nova, e dois homens. O caso foi registrado como homicídio e tentativa de homicídio na delegacia de Apiaí.
Paulo Felipe Camargo, amigo de Guilherme há aproximadamente de 10 anos, foi esfaqueado cinco vezes em várias partes do corpo: rosto, peito, pescoço, ombro e costas. Luiz Muller, de 21, também amigo da vítima fatal, foi golpeado na região do peito, enquanto Shayane dos Santos, de 18, que era namorada de Guilherme, foi atingida duas vezes nas costas.
Paulo contou que estavam todos comemorando o aniversário de Shayane quando Guilherme avisou que iria ao banheiro e voltou sangrando. “Ele [Guilherme] bateu na porta do banheiro e o Juliano estava trancado com uma mulher lá dentro, e com um comportamento duvidoso. A partir daí, ele [Juliano] demonstrou sinais de muita violência. Quando percebemos, o Guilherme já estava recuando com a mão no peito e sangrando. Nós fomos para cima do indivíduo, sem saber que ele estava armado”, lembrou.
O jovem disse que o agressor ficou ainda mais violento conforme as pessoas foram se aproximando para separá-lo de Guilherme. “Ele começou a ser ainda mais violento, dando golpes de faca para todo o lado, exceto em Shayane, que só foi agredida quando foi fechar o portão do local para impedir que o mesmo fugisse”.
Segundo Paulo, Juliano e Guilherme se conheciam apenas de vista, sem histórico de discussões. O jovem relatou que o agressor já havia demonstrado estar ‘muito alterado’ antes de esfaquear as vítimas. Ele relata que o suspeito agiu com a intenção de matar, e “ainda ameaçou todo mundo, falando que se chegassem perto iriam levar também. O sentimento que fica é de muita tristeza e raiva por termos perdido uma pessoa tão amada por algo tão fútil, por uma revolta momentânea motivada por coisas totalmente banais e por um comportamento duvidoso, inclusive”.
Paulo acrescentou: “Eu e Guilherme éramos amigos há uns 10 anos. Tínhamos uma amizade sem igual, sempre andamos muito juntos. Guilherme era um rapaz muito querido e amigo de todo mundo, nunca teve confusão com ninguém”, declarou.
Paulo afirma não ter informações sobre o paradeiro do agressor, que segundo a Polícia Civil, ainda está foragido. O advogado de Juliano havia entrado em contato com polícia, afirmando que iria apresentar o cliente, porém, segundo o delegado do caso, Valmir Oliveira, ele ainda não foi apresentado.
O amigo de Guilherme ressaltou a comoção da população e o desejo de que o suspeito seja preso. “Acredito que a polícia poderia colaborar mais para que houvesse a prisão. É inadmissível e revoltante ter tantas famílias chorando, amigos e conhecidos. Guilherme era um rapaz de 21 anos que tinha toda a vida pela frente, que foi tirada covardemente, no local onde estávamos comemorando o aniversário da namorada dele”, desabafou.
O delegado informou que o inquérito está em andamento e as provas estão sendo produzidas, e que a expectativa é de que o suspeito se apresente para que a versão dele seja registrada. “A qualquer momento que ele for localizado, ele pode ser ouvido. Como ele não foi preso em flagrante, ele só pode ser preso com uma decisão judicial. Até o momento não há um mandado de prisão expedido. A produção da prova está bem adiantada. Tem um caminho legal para ser percorrido e nós estamos percorrendo esse caminho”, explicou o delegado.