Jovem diz que ‘nasceu de novo’ após ser atropelada e arrastada por carro em SP

PUBLICIDADE

A recepcionista Nathalia dos Santos Gimenes, de 34 anos, conta que foi atropelada por um carro e não recebeu socorro em Guarujá, SP.

Por Gabriel Gatto, G1 Santos

“Só agradeço a Deus por estar viva. Todos que estavam presentes no acidente acharam que eu estava morta”. O desabafo é da recepcionista Nathalia dos Santos Gimenes, de 34 anos, que sofreu diversos ferimentos após ser atropelada e arrastada por um carro a caminho do trabalho em Guarujá, no litoral de São Paulo.

A vítima contou nesta quinta-feira (30), que o caso aconteceu na manhã da última terça-feira (28), próximo à Estrada de Pernambuco, enquanto ela se dirigia ao trabalho. A recepcionista dirigia uma motocicleta em direção ao Centro do município no momento em que percebeu a aproximação de um carro em alta velocidade.

Nathalia conta que, ao notar a proximidade do veículo, tentou desviar à direita para liberar a passagem. No entanto, o carro se aproximou da motocicleta da jovem, causando uma colisão. Por conta do acidente, a vítima afirma que foi arremessada do veículo e que caiu em uma ciclovia, vários metros a diante.

“Várias pessoas que vieram me ajudar disseram que o carro ainda me arrastou a uma distância grande, até deixou uma marca no asfalto. Foi tudo muito rápido, não consegui nem ver a placa dele”, explica. Dentre os ferimentos, Nathalia sofreu escoriações nas mãos, nas pernas e na barriga, além de um inchaço na região do peito.

Acionada por populares que presenciaram o caso, uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi ao local para socorrer a recepcionista, que foi encaminhada até o Hospital Santo Amaro. Lá, a jovem recebeu atendimento e ficou sob observação, até receber alta médica no mesmo dia.

O caso indignou familiares da recepcionista, como é o caso do irmão dela, Raphael Gimenes. Segundo o familiar, além da colisão, o motorista responsável pelo acidente fugiu sem prestar socorro. “Ele não fez nada para ajudar, simplesmente foi embora. E se ela morresse?”, questiona.

“Não queremos dinheiro, muito pelo contrário, queremos justiça, porque essa pessoa pode causar isso a outras pessoas”, explica Raphael. Segundo ele, a família registrou o caso na Delegacia de Polícia de Guarujá.

“Pelo que aconteceu e por ele ter me arrastado, só consigo agradecer a Deus por estar viva e não ter quebrado nenhum osso. Poderia ter acontecido algo pior. A senhora que me ajudou disse que eu nasci de novo, e eu tenho certeza disso”, finaliza Nathalia.

PUBLICIDADE
PLÍNIO DPVAT