Jovem morta a tiros pelo ex-namorado pediu medida protetiva 15 dias antes do crime, diz polícia

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Adrielli Rodrigues de 22 anos foi baleada após sair da delegacia em São Manuel, onde registrou um boletim de ocorrência por causa do descumprimento da medida.

A jovem Adrielli Rodrigues, de 22 anos e que foi morta com quatro tiros no peito pelo ex-namorado, em São Manuel (SP), tinha pedido medida protetiva contra o suspeito 15 dias antes do crime, segundo o delegado responsável pelo caso, Lourenço Talamonte Netto.

A vítima foi baleada na última quinta-feira (14) após sair da delegacia e registrar queixa contra o ex-namorado Cristiano Gomespor descumprimento da medida protetiva concedida a ela dias antes.

Ela estava em uma moto, quando foi atingida pelos disparos na quadra 1 da Rua Francisco da Cruz Mellão. Adrielli chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. No sábado (16), ela foi enterrada no Cemitério Municipal.

“Ela resolveu romper o relacionamento nos últimos quinze dias, chegou a fazer um boletim de ocorrência dia 30 de outubro, pediu uma medida protetiva contra ele e foi concedida a medida para ela. Só que mesmo assim ele continuava, segundo ela, a perturbando”, lembra o delegado.

O suspeito foi preso na sexta-feira (15), escondido em uma casa em São Manuel. Ele teve a prisão preventiva decretada e confessou o crime aos policiais. Além disso, Cristiano disse que estava arrependido e atribuiu à vítima a culpa do assassinato, informando que “ela estragou a vida dele”.

O caso foi registrado como feminicídio e ele segue detido na cadeia de Itatinga. Se condenado, pode pegar de 12 a 30 anos de prisão.

Ainda segundo o delegado, no dia do crime Adrielli tinha acabado de sair da delegacia e registrado um boletim de ocorrência em razão do descumprimento da medida protetiva. “Ele foi notificado e estava sabendo que não podia se aproximar”, explica o delegado.

“Ela alegou que ele não estava cumprindo a medida, mas ela não tinha provas. Então foi feito boletim de ocorrência. A delegada tomou as providências que cabiam no momento. Nesse caso, cabe uma prisão preventiva, só que o Judiciário teria que analisar primeiro”, informa o delegado.

Com isso, os procedimentos legais foram feitos, mas cerca de 40 minutos após o registro, Adrielli foi baleada.

Avisou sobre perseguição

Minutos antes de ser assassinada, a jovem chegou a mandar uma foto do ex-namorado à mãe como uma prova de que Cristiano a estava perseguindo. “Ele arrancou um pedaço de mim”, lamenta a mãe de Adrielli, Kate Cilene Roberta da Cruz.

“Ela era a coisa mais importante da minha vida. Mas, eu quero olhar para frente, lembrar dela como a menina maravilhosa que ela era, extrovertida, sempre feliz”, desabafa a mãe.

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