Junto com a ossada do rapaz, foram encontrados documentos e a roupa que ele vestia no dia em que saiu para buscar recolocação no mercado.
A Polícia Civil encontrou a ossada de um jovem de 21 anos que desapareceu após sair para buscar emprego em Itariri, no interior de São Paulo. Os ossos foram achados em uma área da mata do município, junto com documentos pessoais e as roupas que a vítima utilizava no dia em que foi dado como desaparecido. Além do reconhecimento dos itens, a Polícia Civil aguarda a chegada de familiares para a realização de um comparativo de DNA.
Os ossos e documentos de Elis Douglas Modesto da Silva foram encontrados por uma moradora que buscava ervas na mata. A Polícia Militar foi acionada pela testemunha e dois agentes compareceram ao local. Uma pesquisa realizada pelos policiais constatou que o jovem estava desaparecido desde o dia 10 de janeiro de 2019.
De acordo com informações da Polícia Civil divulgadas na tarde deste sábado (27), a esposa de Elis foi a última pessoa a ver o jovem antes dele desaparecer. Ela afirma que ele teria saído para buscar um trabalho e não foi mais visto. Após as buscas, ela comunicou o desaparecimento do marido no dia 12 de janeiro. A mulher foi chamada para reconhecer os objetos e as roupas encontrados no local, identificado-as como as peças que Elis utilizava quando foi visto pela última vez.
Apesar das vestes e dos documentos serem correspondentes, os agentes aguardam a confirmação da perícia pelo comparativo do DNA. De acordo com o delegado Arilson Brandão, a mãe de Elis foi chamada para a realização do exame. “Precisamos desse comparativo para termos uma confirmação de que realmente é o jovem, apesar dos documentos encontrados. Mas, a princípio, pela confirmação da família, é ele mesmo”, explica.
Brandão afirma que os agentes trabalham com diversas linhas de investigação para determinar a causa da morte do jovem, bem como as circunstâncias da ocorrência. “Nenhuma hipótese foi descartada. Estamos investigado se o rapaz tinha sido ameaçado, se tinha alguma desavença, até mesmo se ele foi ferido pela própria fauna aqui da região”.
O delegado declara, ainda, que as atuais investigações da Polícia Civil buscam traçar os últimos passos da vítima, desde o momento em que foi visto pela última vez até ser encontrado. “Vamos utilizar uma técnica conhecida como rastejo, em que vamos traçar esses passos, buscar por câmeras de segurança que tenham registrado a movimentação daquele dia, as pessoas com quem ele conversou, tudo que possa ter ligação com o desaparecimento e a morte da vítima”.
“Os ossos foram recolhidos e levados para o Instituto Médico Legal (IML) para a montagem, e lá vamos saber se ele teve algum tipo de morte violenta, se foi atacado. A princípio, não encontramos nenhum projétil, mas no estado em que ele estava, fica mais difícil de sabermos, por isso precisamos aguardar as conclusões.”, completa Brandão.
