Jovem relata ter sido espancada por namorado após discussão em casa noturna: ‘Vi a morte’

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Segundo o registro, vítima de Jundiaí (SP) não queria que o agressor subisse no palco depois de ter bebido.

Um homem de 34 anos é suspeito de agredir a namorada de 25 anos com socos e chutes depois de o casal discutir em uma casa noturna, em Jundiaí (SP). Além do nariz quebrado e cortes na testa, a mulher teve o osso do rosto trincado.

“Vi a morte. Nós havíamos tido uma discussão na quinta, mas ele veio atrás de mim, pediu perdão e nós combinamos de sair no sábado”, lembra a vítima Bianca Augusta Muniz.

Segundo a jovem, o motivo seria porque a vítima não queria que o agressor subisse no palco após ter bebido demais. Os dois namoravam por dois anos e dois meses depois de se conhecerem em uma rede social. O caso foi registrado no plantão policial, no domingo (19).

Subiu em cima de mim e começou a me enforcar até eu quase perder a consciência. Começou a me dar socos na face e, não satisfeito, foi quando levantou e começou a chutar minha cabeça. Eu falei: ‘acabou. Tenho que sair daqui'”, detalha.

Depois da discussão, ela tentou chamar um motorista por aplicativo, mas teria sido levada para um matagal e espancada. Mesmo machucada, a vítima conseguiu escapar e pediu ajuda. Um homem que passava pelo local socorreu a jovem.

Ela procurou a polícia e registrou um boletim de ocorrência. A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) aguarda o resultado do exame de corpo de delito.

“Dependendo da gravidade dessas lesões, se eu entender que houve tentativa de feminicídio, será representada pela prisão preventiva”, contou a delegada Renata Yumi Ono.

O dono da casa noturna disse que foi a primeira agressão registrada no local e que passou despercebida pelos seguranças. O proprietário também explicou que se a mulher tivesse avisado algum funcionário, a agressão poderia ter sido evitada.

Um levantamento feito no último trimestre do ano passado apontou que quase 640 vítimas denunciaram namorados ou maridos violentos na DDM de Jundiaí, o que representa sete agressões por dia de outubro a dezembro. Além disso, 63 homens foram presos e a Justiça concedeu 139 medidas protetivas.

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