Juristas criticam decisão de juíza que mandou pastor da Assembleia de Deus excluir vídeos contra gays

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O pastor proferiu o seu sermão durante um culto religioso.

Recentemente, uma decisão da juíza Lívia Lourenço Gonçalves, da 4ª Vara Cível de Taguatinga, região administrativa do Distrito Federal, gerou polêmica e provocou indignação em uma associação de juristas. Os magistrados alegam que a decisão da juíza põe em risco a liberdade religiosa no Brasil. A magistrada de Taguatinga determinou a remoção das redes sociais de uma série de vídeos que mostram o pastor norte-americano David Eldridge proferindo um sermão contra a homossexualidade.

Conteúdo do sermão do pastor punido pela juíza

O sermão foi proferido durante uma celebração religiosa da União das Mocidades das Assembleias de Deus de Brasília (Umadeb), evento que ocorreu em fevereiro na capital federal. Num trecho do discurso, David Eldridge declarou: “Todo homossexual tem uma reserva no inferno, toda lésbica tem uma reserva no inferno, todo transgênero tem uma reserva no inferno, todo bissexual tem uma reserva no inferno, todo drag queen e prostituta têm reserva no inferno”.

A pregação do pastor norte-americano repercutiu negativamente entre entidades ligadas ao movimento LGBTQIA+, que entraram na Justiça contra o religioso. As entidades exigiram a remoção imediata dos seus vídeos nas mídias sociais, pedido que foi acatado pela juíza da 4ª Vara Cível de Taguatinga. No entanto, a Associação Brasileira de Juristas Conservadores (Abrajuc) considera a decisão da juíza um erro, porque “atenta contra a liberdade de expressão e pregação religiosa no Brasil”.

No perfil oficial da Abrajuc no Instagram, a associação afirma: “Justiça do Distrito Federal aplica interpretação bíblica, subverte liberdade de expressão e deflagra perseguição aos cristãos. (…) a liberdade de expressão e a consciência religiosa deixaram de existir no Brasil. (…) tempos sombrios se avizinham!”. Nos comentários, um internauta diz: “É totalmente desarrazoada a decisão da juíza. Ela não pode, em qualquer hipótese, promover exegese bíblica em suas decisões”. O caso do pastor punido pela juíza repercutiu nas redes sociais.

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