Demétrius Oliveira Macedo chegou a ser preso por agredir a chefe durante o expediente em Registro (SP). Segundo a decisão judicial, o acusado recebeu o diagnóstico de esquizofrenia paranoide e deve ficar internado.
A Justiça de São Paulo absolveu o procurador Demétrius Oliveira Macedo, que agrediu a chefe durante o expediente na Prefeitura de Registro, no interior de São Paulo.
Segundo apurado pela nossa reportagem, nesta sexta-feira (16), o acusado foi considerado inimputável [pessoa que não compreende a ilegalidade do próprio comportamento em razão de doença mental] após ser diagnosticado com esquizofrenia paranoide.
Demétrius agrediu Gabriela Samadello Monteiro de Barros com socos e chutes dentro do local de trabalho, em julho de 2022. Ele foi detido e, depois, internado em um hospital psiquiátrico após apresentar um comportamento de personalidade narcisista e combativa.
A decisão é da 1ª Vara da Comarca de Registro. No documento, obtido pelo site Repórter Beto Ribeiro, há o apontamento que Demétrius recebeu o diagnóstico de cinco médicos diferentes. Segundo a Justiça, ele está em um hospital de custódia e deve permanecer internado por, no mínimo, três anos.
“Na presente condição, o acusado no processo penal, por mais que reconhecido tenha praticado fato típico e antijurídico, não pode ser responsabilizado penalmente, porque seu comportamento não pode ser tomado como crime, porque o agente não é culpável”, afirmou o juiz na decisão.
Em nota, o advogado Marco Antônio Modesto, que representa Demétrius, disse que o cliente foi absolvido por ser considerado inimputável. “[Ele] é inte inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito dos fatos imputados a ele”.
Modesto ressaltou que “a defesa está satisfeita com a decisão” do juiz. “Considerou, após análise de documentação médica oficial, comprovado o quadro clínico do Dr. Demétrius, que sofre de esquizofrenia paranoide, condição fundamental para os infelizes e reprováveis atos cometidos”.
Nossa equipe entrou em contato com a defesa de Gabriella, em busca de mais informações sobre a decisão judicial, mas não recebeu um retorno até a última atualização desta reportagem.