Justiça determina apreensão de adolescente suspeito de matar menina de 9 anos na Zona Norte de SP

Menino de 12 anos confessa ter matado Raíssa — Foto: Reprodução/TV Globo
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Pedido pela internação provisória do garoto foi feito pela Polícia Civil, que investiga o caso ocorrido no domingo (29).

Por Guilherme Pimentel, Kleber Tomaz e Tatiana Santiago, TV Globo e G1 SP — São Paulo

A Justiça de São Paulo determinou na madrugada desta terça-feira (1º) a apreensão do adolescente de 12 anos investigado por suspeita de participar do assassinado da menina Raíssa Eloá Caparelli Dadona, de 9 anos. 

Raíssa foi encontrada morta no domingo (29), amarrada numa árvore, no Parque Anhanguera, na Zona Norte de São Paulo, após desaparecer de uma festa em um Centro de Educação Unificado (CEU) próximo ao local.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o pedido pela internação provisória do garoto foi feito pela Polícia Civil, que investiga o caso. Por volta das 9h30 desta terça a pasta ainda não tinha confirmação se o garoto foi apreendido.

O adolescente deverá ser ouvido por promotores do Departamento de Infância e Juventude do Ministério Público (MP). Posteriormente poderá ser encaminhado a uma das unidades da Fundação Casa, entidade que visa recuperar menores infratores.

Câmeras de segurança gravaram o garoto e a menina antes do crime. Eles aparecem caminhando de mãos dadas. Além disso, o adolescente deu versões diferentes para o caso.

Ele prestou depoimento na 5ª Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), acompanhado dos pais, entre a tarde de segunda (30) e começo de madrugada desta terça.

Ainda de acordo com a SSP, as investigações continuam na tentativa de identificar outros possíveis envolvidos no crime.

Raíssa tinha 9 anos e fazia tratamento para autismo — Foto: Arquivo Pessoal

Depoimento

De acordo com a polícia, o adolescente de 12 anos, confessou ter matado a menina, mas depois mudou de versão. Ele teria dito à mãe que matou a menina após chegar em casa no dia do crime. No entanto, na delegacia, o menino disse que foi forçado por um homem de bicicleta, que o ameaçou com um faca e o forçou a ajudar a matar Raíssa.

Foi o próprio adolescente quem procurou a administração do parque para informar sobre a localização do corpo no domingo.

Raíssa foi encontrada morta no domingo (29), amarrada numa árvore, no Parque Anhanguera, na Zona Norte de São Paulo — Foto: Arquivo Pessoal

Sumiço

Em depoimento à polícia, a mãe de Raíssa, Vânia, contou que levou a garota e o irmão mais novo para uma festa no CEU Anhanguera por volta das 12h deste domingo. O local estava cheio de crianças.

Em dado momento, a mãe deixou a filha no pula-pula e foi buscar pipoca para o outro filho. Ao retornar, não a encontrou mais. A gestora do CEU procurou a criança e pediu apoio a visitantes.

Segundo o boletim de ocorrência, às 14h um adolescente de 12 anos encontrou Raíssa pendurada em uma árvore dentro de uma área reservada a funcionários do parque que fica a 2 quilômetros do CEU.

A garota morava no bairro Morro Doce, ao lado do CEU, desde 2017.

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