Leishmaniose canina avança no Estado de SP e veterinários se reúnem para discutir prevenção

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Atenta aos informes do Conselho Regional do Medicina Veterinária (CRMV/SP) e do Ministério da Saúde sobre o avanço da Leishmaniose Visceral Canina (LVC) no Estado de São Paulo, a AMVAR (Associação dos Médicos Veterinários de Araras (SP) e Região promoveu na semana passada palestra enfocando questões de prevenção, diagnóstico, tratamento, epidemiologia e discussão de casos da doença.

Segundo o diretor da AMVAR, DR. Valmir Basilio do Nascimento, na região ainda não há constatação da doença, mas a prevenção é a melhor forma para evitarmos problemas no futuro. “A  LVC se espalha em saltos em nosso Estado e precisamos que a classe veterinária esteja preparada para esse combate”.

A palestra foi conduzida pelo professor universitário e veterinário, Dr. Marcio Moreira, um dos maiores estudiosos sobre a Leishmaniose Visceral Canina no Brasil. “A LVC é hoje um ameaça à saúde pública e vem se alastrando por localidades onde até há pouco tempo não era registrado a incidência de casos. Todos nós temos a responsabilidade no seu combate”, alerta o especialista.

Moreira ressaltou que a leishmaniose é um dos grandes desafios para a medicina veterinária. “O diagnóstico é difícil e o tratamento aprovado recentemente tem boas respostas, mas ainda há casos que surgem dúvidas. Por isso é necessário que os profissionais estejam informados e atualizados para este enfrentamento”.

A transmissão da LVC ocorre pela picada do mosquito-palha e afeta principalmente cães, gatos e humanos.  A doença não é transmitida pelo contato direto entre animais domésticos e o ser humano. “É necessário que o flebótomo Lutzomyia spp, conhecido como “mosquito-palha”, pique um animal infectado e em seguida um humano, ocasião em que transmite o protozoário”, explica Marcio Moreira.

Nos seres humanos. A LVC  ataca principalmente o sistema imunológico, causando insuficiência renal crônica, emagrecimento, atrofia muscular, febre, artrite e diarreia. Nos animais, observa-se queda de pelos, descamação cutânea e presença de ulcerações, além de uma generalizada letargia e emagrecimento.

A melhor forma de conter a leishmaniose é por meio da prevenção, com medidas de controle voltadas para proteger o meio ambiente, animais e humanos da ação do inseto vetor da doença. Uso de coleiras repelentes, vacinas, aplicação de inseticidas, proteção de canis com telas e a eliminação de focos do mosquito são algumas das formas de precaução recomendadas por Marcio Moreira.

O ciclo palestras da AMVAR conta com o apoio do CRMV/SP e parcerias com os laboratórios ABASE, Tecbio, Ouro Fino e Virbac. O objetivo é o de promover o aperfeiçoamento profissional, bem como o compartilhamento de informações e atualizações, integrando profissionais e estudantes de medicina veterinária.

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