Após a confusão, as duas foram conduzidas até a delegacia.
Uma professora foi agredida pela mãe de uma aluna, com socos e chutes, em frente a Escola Estadual Maria Silva Rocha, em Franciscópolis, região do Vale do Jequitinhonha, em Minas, nessa quarta-feira (2).
Um vídeo do momento viralizou nas redes sociais e gerou um debate sobre o respeito com os educadores. O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) lamentou o ocorrido por meio de nota.
De acordo com a Polícia Militar (PM), a professora relatou que teria saído da escola nessa quarta-feira (02) e sido surpreendida pela mãe de uma de suas alunas. A mulher a segurou pelos cabelos, a jogou no chão e desferiu socos e chutes. Além disso, chamou a professora de “vagabunda, prostituta e rapariga”.
No vídeo, a autora das agressões pergunta os motivos de ter a educadora ter “tratado mal” a filha dela. Ela ainda teria pisado no celular da vítima e tomado a chave de sua motocicleta. Por fim, também disse que teria que ensinar a professora a como trabalhar. Ainda segundo a vítima, não foi a primeira vez que as agressões ocorreram por parte da mesma mulher.
Após as sucessivas agressões, a filha da professora, de 16 anos, foi até a casa da agressora, com uma faca na mão, e tentou golpeá-la. Contudo, foi contida por vizinhos. A agressora bateu a cabeça da jovem no portão da casa. Após a confusão, as duas foram conduzidas até a delegacia.
Por meio de nota, o Sind-UTE lamentou o ocorrido e disse que “repudia toda ação contrária aos servidores da educação e conclama a todos que fazem parte da comunidade escolar, que optem pela paz e a tranquilidade”. Além disso, a entidade se disponibilizou para fazer todo o acompanhamento jurídico junto à servidora e à escola.
O BHAZ tentou contato com a escola durante o período da tarde desta quinta-feira (3), mas não foi atendido em nenhuma das tentativas. A matéria será atualizada caso haja algum posicionamento por parte da instituição de ensino.
De acordo com o sargento Sidney Aparecido Ferreira Lima, da Polícia Militar de Franciscópolis, os militares têm feito campanhas de conscientização em visitas às escolas da cidade. “São palestras para alunos informando sobre a questão de respeito com o professor. Além disso, condutas sociais, tanto na via pública quanto em casa. Isso tem o objetivo de evitar esses tipos de situação”, afirma.
“Todas as providências em relação ao caso foram tomadas, e Polícia Militar reafirma o compromisso de zelar pela segurança da população de Franciscópolis e região”, completa o sargento.