Técnica de enfermagem Gabriela de Souza entrou em pânico ao ver o inseto em cima da mão da filha de quatro anos. Menina se recupera após internação na Santa Casa.
Após assistir à dor da filha de quatro anos, picada na mão por um escorpião em Barretos (SP), a técnica de enfermagem Gabriela Cristina Francisco de Souza, de 23 anos, faz um alerta para os pais.
“Todo cuidado é pouco. Se o teu filho reclamar de dor e você não ver nada – porque não fica marca a picada de escorpião –, leva para o hospital. Mesmo que não for nada, tira essa dor da consciência e leve. Pode parecer que é uma manha, mas você teve como ajudar e não ajudou”, diz.
Cerca de uma semana após ter sido picada, a pequena Sophya Cristina de Souza ainda está se recuperando do acidente doméstico. Ela já terminou de tomar os remédios, mas para evitar complicações no caso, a equipe médica recomendou repouso à garota.
Depois do susto, a família ensinou a criança a prestar atenção em todos os cômodos. Outra orientação é a de sempre chacoalhar sapatos e roupas antes do uso. No dia seguinte ao acidente doméstico, uma empresa de dedetização foi até a casa. Após a limpeza, outros quatro escorpiões foram encontrados no imóvel.

Desespero
Sophya foi picada pelo escorpião na noite do último dia 17. A mãe estava dormindo ao lado da garota e acordou assustada com os gritos da filha. Quando acendeu a luz, viu o inseto na mão da criança, que levou duas picadas ao mesmo tempo.
Desesperada, a técnica de enfermagem ligou imediatamente para os pais, que moram próximo à casa dela, e pediu ajuda para levar a criança ao hospital. Em 15 minutos, a família já estava na Santa Casa de Barretos, onde a menina foi atendida por uma equipe de dez profissionais.
“Ela estava desacordada no carro. Eu a chacoalhava e falava. Aí ela acordava gritando, mas desacordava de novo de tanta dor. Quando a gente chegou na Santa Casa, desci com ela no colo, gritando. Dei uns passos, uma técnica de enfermagem escutou, puxou ela do meu colo e saiu”, diz.
A mãe conta que Sophya foi medicada com soro na veia. Em seguida, seis doses de antídoto contra o veneno do escorpião, o máximo permitido para o tratamento, foram injetadas. A menina se recuperou e teve alta médica.
“A sensação foi como se eu e ela tivéssemos nascido novamente. Nós nascemos naquele momento. Eu agradeço a Deus todo momento. Eu olho para ela e falo ‘Obrigado por manter minha filha viva’. Eu chorei muito”, conta.
