Mãe e filha são presas acusadas de matar policial militar de Araraquara, SP

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Um homem, parente das mulheres, também teria participado do crime, mas ainda está foragido; crime seria passional.

Policiais civis da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) prenderam, agora pouco, duas mulheres, mãe e filha, suspeitas de envolvimento direto na morte do cabo da Polícia Militar, Elias Matias Ribeiro, de 49 anos. Um homem, irmão de uma das acusadas, foi quem teria dado o golpe certeiro enquanto o militar dormia. Ele está foragido. Ambas estão sendo ouvidas na delegacia. A informação foi divulgada pelo portal ACidadeON que acompanha o caso.  

A notícia da morte de Matis abalou toda a corporação da Polícia Militar nesta terça-feira (4). Durante a madrugada, o carro do policial foi encontrado em chamas no canavial da vicinal que liga a Rodovia Antônio Machado Santana (SP-255) quase na divisa entre Araraquara e Américo Brasiliense. O corpo que estava dentro do carro, possivelmente do policial, foi levado para São Paulo para ser submetido a exames complementares. Ainda não existe qualquer informação relativa a velório. 

De acordo com informações, o crime teve motivação passional. O policial estaria se relacionando com a mãe e filha. Revoltada, uma delas armou e juntamente com o tio, o mataram.

 

O cabo Matias foi morto, segundo as primeiras informações, com golpes de marreta enquanto dormia. Juntos, mãe, filha e tio carregaram o policial no colchão sujo com sangue e o colocaram dentro do próprio carro. 

Eles levaram o corpo até às margens da rodovia e atearam fogo com a ideia de eliminar qualquer prova. Policiais civis já foram até a casa da família e encontraram sinais de que o crime fora cometido por lá. A família tentou despistar limpando a cena. A Polícia Civil deve se manifestar ainda hoje sobre o desfecho do caso. 

Entenda 

A cena encontrada ainda na madrugada indicava o crime passional ao invés do latrocínio (roubo seguido de morte). É que o carro, uma SUV Tucson, que pertencia ao PM, estava queimada com um colete a prova de balas, algemas, arma e munições dentro. A polícia aguarda o laudo conclusivo do Instituto Médico Legal (IML) para confirmar oficialmente a morte, mas o homem morto também usava uma pulseira igual a do policial. E, agora, tem a confissão. 

Luto 

Na página do Facebook, do 13º Batalhão, a imagem de luto já indica a perda do policial. Também nas redes sociais vários militares se manifestaram sobre o assunto. “Um homem alegre de sorriso constante, família, amigo, parceiro e para quem o conhecia e convivia sempre transmitia alegria. Tristeza não fazia parte da vida dele”, disse um amigo. Uma colega de farda lamentou a perda do Cabo sempre presente nas atividades dos PMs de Cristo. “É triste, perdemos um herói, amigo e companheiro”, desabafou uma amiga também pela internet.  

História 

Cabo Matias é nascido em Araraquara, mas fez carreira fora de sua cidade. Voltou recentemente para ser motorista do tenente-coronel Adalberto José Ferreira, quando assumiu o comando do Batalhão da PM. Nos últimos anos, o Cabo, que atualmente estava na infantaria, dedicou a sua vida ao Corpo de Bombeiros em São Carlos. 
Iniciou a carreira em 1990, quando ingressou na Policia Militar no Núcleo de Formação de Soldados de Pirituba. Em 2000, foi transferido para o Posto de Bombeiros de São Carlos. Ao longo de sua carreira foi agraciado com a Láurea de Mérito Pessoal em 5º Grau e Láurea de Mérito Pessoal em 4º Grau. Recebeu por algumas vezes o título de Policial do Mês e diversos elogios individuais pelos serviços prestados à Instituição e a comunidade.  

Em 2010, foi escolhido como “Bombeiro do Ano”. Filho de Francisco Ribeiro e Abigail de Oliveira Ribeiro, era também pai. Como auxiliar administrativo, destacou-se pela forma competente com que assessorou o Comando dos Bombeiros de São Carlos facilitando as reformas e ampliações dos quartéis. Em 2011, representou os bombeiros de São Carlos nos XIV Jogos Mundiais de Policiais e Bombeiros, em Nova Iorque, nos Estados Unidos.  

Ele se juntou a outros 150 bombeiros e policiais brasileiros que participaram dos jogos em alusão, na época, aos 10 anos da queda das torres gêmeas. Foram mais de 17 mil atletas de 70 países na lembrança ao ataque terrorista contra do World Trade Center no dia “11 de Setembro”, tragédia que chocou o mundo, onde morreram 2.996 pessoas, dentre elas, bombeiros e membros de equipes de socorro. 

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