Mãe perde a guarda de filho espancado em vídeo por padrasto em SP

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Por João Amaro, G1 Santos

O Conselho Tutelar de Guarujá, no litoral de São Paulo, retirou temporariamente a guarda da mãe do menino de dois anos agredido pelo ex-padrasto. A medida é protetiva e válida até que as investigações da Polícia Civil sejam concluídas. Indiciado por tortura, até agora, o agressor não foi localizado.

O vídeo repercutiu nas redes sociais na última quarta-feira (13) e acabou viralizando nas últimas horas por meio de compartilhamentos via WhatsApp, onde o homem, um motoboy, agrediu o menino brutalmente dentro da própria casa, no bairro Morrinhos. O vídeo foi feito há cerca de dois meses e divulgado na última semana.

Um dia após a repercussão, equipes do Conselho Tutelar localizaram a mãe e a criança na casa de parentes, no bairro Santa Rosa. Ela prestou depoimento na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), onde o caso foi registrado. No mesmo dia, o órgão emitiu uma medida protetiva à criança.

Criança foi filmada sendo agredida pelo padrasto, em Guarujá, SP — Foto: G1 Santos

Segundo Marcela Bárbara, conselheira tutelar, um casal de primos da mãe do menino assinou o documento, passando a tomar conta do garoto até que as investigações terminem. “A mãe está proibida de sair com a criança ou de levá-la para qualquer lugar sozinha”, explicou.

Ainda segundo Marcela, o menino está sendo assistido por psicólogos da rede municipal, bem como os novos responsáveis, que recebem orientações sobre como cuidar dele. Apesar do ocorrido, segundo a conselheira, a criança não apresenta nenhuma sequela física ou psicológica aparente.

“Ele está bem. É uma criança ativa por conta da idade e muito comunicativa, que conversa bastante”, explica. Ainda de acordo com a conselheira, durante depoimento, e mãe do menino não soube explicar o que motivou a ação violenta e negou que o filho tivesse sido agredido anteriormente ao registro.

Por enquanto, por meio da DDM, a Polícia Civil continua com buscas ao agressor, que foi identificado e indicado pelo crime de tortura. Ele não foi localizado. Até a manhã desta terça-feira (19), a Secretaria de Segurança Pública (SSP) não respondeu a reportagem alguns questionamentos sobre as novidades nas investigações.

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