Mãe põe fogo na casa de acusado de abusar da filha e acaba detida

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Ataque ocorreu após relato de menina de 9 anos, que apontou o homem como autor de crime sexual; ele foi preso.

“Pelos meus filhos, eu mato e morro. Não me arrependo de nada. Eu queria ter matado ele”. As afirmações são de uma empregada doméstica de 28 anos, presa na manhã dessa quarta-feira (15) depois de atear fogo na casa de um homem acusado de ter abusado sexualmente da filha dela, de 9 anos de idade.

A menina relatou que o suspeito, C.L.S.C., 41 anos, tocou suas partes íntimas, mostrou a genitália e tentou beijá-la à força. O homem era conhecido da mulher há sete anos. Ele também foi preso em flagrante.

O abuso foi registrado na madrugada dessa quarta-feira (15) na casa do autor, no Jardim Progresso, onde ocorria um churrasco. A mãe estava com três filhos, de 11, 9 e 7 anos, que acabaram dormindo com o passar das horas.

Ela alegou que, por volta das 4h, saiu para comprar cigarro – o homem diz que ela teria ido comprar cocaína – e, quando retornou, se deparou com a filha de 9 anos chorando. “Ela estava desesperada e com medo. Fomos embora e, quando ela contou o que tinha acontecido, eu fiquei revoltada. Ainda fui na casa dele de manhã para ele falar o que fez, mas ele não abriu a porta”, afirma a mãe, em entrevista ao Jornal da Cidade.

Segundo o delegado plantonista Luiz Cláudio Massa, a mulher foi até a casa do acusado na companhia de mais dois conhecidos, que o agrediram com a intenção de “dar um corretivo”. Com ferimentos leves, o morador, por volta das 7h, acionou a Polícia Militar, que o orientou a registrar boletim de ocorrência no Plantão da Polícia Civil.

“Ele estava apenas com escoriações e não revelou o motivo da agressão. E a mãe não tinha procurado a polícia. Duas horas depois, a PM foi acionada novamente, desta vez em razão de uma ocorrência de incêndio em residência”, comenta.

LINCHAMENTO

Ao chegar ao local, os policiais se depararam com o mesmo homem, que segurava um pedaço de pau e apresentava vários ferimentos pelo corpo após ser vítima de uma tentativa de linchamento. Os agressores, ao avistarem a viatura policial, fugiram do local.

“Foi quando vizinhos que não estavam envolvidos na agressão revelaram que ele estava apanhando porque tinha sido acusado de estuprar uma menina”, aponta Massa. O morador foi levado ao Pronto-Socorro Central (PSC) e, depois de receber atendimento médico, foi encaminhado ao Plantão Policial.

A mãe da criança foi localizada e, na delegacia, revelou que usou uma lata de querosene para atear fogo na casa. Depois do primeiro “corretivo”, ela teria sido estimulada por outras pessoas a se vingar do abusador e retornou com elas até a residência dele com o objetivo de matá-lo.

“A porta foi arrombada por populares, que começaram a agredi-lo com pedradas. Ele conseguiu fugir e pular o muro de uma casa vizinha. Como a casa dele estava aberta, a mãe entrou e ateou fogo no sofá e no colchão, o que resultou na destruição de todo o imóvel”, detalha o delegado.

O morador foi preso em flagrante por estupro de vulnerável e a mulher, pelo crime de incêndio. Ela não tinha antecedentes criminais e ele possuía passagens por furto e porte de arma. Hoje, ambos passariam por audiência de custódia, em que o juiz definiria se eles permaneceriam encarcerados.

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