Mais de 2 mil pessoas foram afastadas do trabalho por doenças emocionais na região

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As cidades de Araraquara, São Carlos e Rio Claro foram responsáveis por metade dos casos.

Segundo um levantamento da Previdência Social, em 2017, houve 2.175 afastamentos de trabalho causados por doenças emocionais, como depressão, ansiedade, esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar, em 38 cidades da região de São Carlos.

Quase metade desses casos ocorreu em São Carlos, Araraquara e Rio Claro, onde 1.083 empregados se afastaram do trabalho por transtornos emocionais.

São Carlos foi a cidade com maior número de afastamentos, foram 483. Em seguida está Araraquara com 351 afastamentos e Rio Claro com 249 casos. Por outro lado, nas cidades de Águas da Prata, Motuca e Trabiju houve apenas dois casos durante todo o ano.

Em toda a região, a doença com maior número de casos foram os episódios depressivos, com 549 ocorrências, seguido de 359 casos de transtornos mentais causados por uso de múltiplas drogas ou substâncias psicoativas e 249 casos relacionados a transtornos ansiosos.

Aumento de casos

De acordo com a Previdência Social, entre 2012 a 2016, houve um aumento de 17% dos afastamentos por motivos emocionais no Brasil, saltando de de 22,6 mil para 26,5 mil casos no país.

Atualmente, a cada dez afastamentos, três são causados por depressão e dois por transtorno de ansiedade generalizada.

Ambiente de trabalho

Ambiente de trabalho contribui para doenças de fundo emocional.  (Foto: TV Anhanguera/Reprodução)

Ambiente de trabalho contribui para doenças de fundo emocional. (Foto: TV Anhanguera/Reprodução)

Para a psicóloga Thaiane Barbosa, o ambiente de trabalho atual tem contribuído para o aumento dos afastamentos. Ela coloca como principais razões a falta de motivação no trabalho, o assédio moral, a competitividade entre os colegas e a insegurança em relação à permanência no trabalho devido à crise econômica.

Ela alerta para o fato de que as doenças emocionais ainda são vistas com preconceito. “A ansiedade é uma preocupação excessiva e isso influencia uma falta de atenção, a pessoa passa a não render como deveria e isso é confundido com preguiça”, afirmou.

Ela ressalta a importância das empresas identificarem o problema no início e o funcionário ser claro com sobre sua situação emocional. “É o primeiro passo. Tem que mostrar para a empresa”, afirmou.


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