Marido é interrogado e confessa que matou mulher por ciúmes em Araras, SP

O delegado do Setor de Investigações Gerais (SIG) de Araras, Tabajara Zuliani dos Santos — Foto: Repórter Beto Ribeiro
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Ele admitiu que um dos motivos teria sido ciúmes e seu descontrole emocional. Nossa reportagem falou com exclusividade com Dr. Tabajara Zuliani dos Santos, delegado responsável pelas investigações.

O principal suspeito do assassinato da dona de casa Maria Helena Cardoso de Moura Magrini, de 48 anos, que foi encontrada morta no domingo (02/12) na zona rural de Araras (SP), acabou confessando o crime durante um novo interrogatório na tarde desta terça-feira (11/12).

O marido Valdecir Anderson Magrini, de 52 anos, admitiu que um dos motivos teria sido ciúmes e seu descontrole emocional. Nossa reportagem falou com exclusividade com Dr. Tabajara Zuliani dos Santos, delegado responsável pelas investigações.

Ouça o áudio:

Acrescento que ele levou a equipe no local onde havia atirado a faca, sutiã e celular da vítima. Por ser mata fechada, os investigadores localizaram o sutiã da vítima, fato que é extremamente importante para as investigações.

Entenda o caso

O corpo de Maria Helena Cardoso de Moura Magrini, de 48 anos em avançado estado de decomposição, foi localizado por populares na noite deste domingo (02/12) na zona rural de Araras (SP), próximo da Estrada Municipal José Estevam Zurita, na região do Aeroporto Municipal Armando Américo Fachini.

O cadáver foi levado para necrópsia e identificação no IML – Instituto Médico Legal de Limeira (SP). A ocorrência foi atendida pela Polícia Militar.

Prisão do suspeito

A Polícia Civil de Araras (SP), realizou um intenso trabalho de investigação que apontaram como suspeito do crime o próprio marido da vítima, por questões de ciúmes e pela não aceitação pelo fim do relacionamento. No momento da prisão que ocorreu no dia (04/12) nossa reportagem falou com Dr. Tabajara dos Santos, que esteve a frente dos trabalhos juntamente com sua equipe.

Novas Provas

O carro da família, durante o teste de luminol foram encontrados diversos pontos de sangue, principalmente no porta-malas. Nossa reportagem falou na manhã quarta-feira ( 05/12) com Dr. Tabajara dos Santos.

O luminol que é uma substância, usada pela polícia para detectar vestígios de sangue, provoca uma reação chamada quimiluminescência.

Essa solução, quando borrifada nos locais suspeitos, reage em contato com o ferro presente na hemoglobina do sangue e libera uma luz azulada, suficientemente forte para ser vista no escuro.

Corpo identificado

Na tarde desta quinta-feira (06/12) o Setor de Investigações Gerais da Polícia Civil recebeu o resultado do Instituto de Indentificação Ricardo Gumbleton Daunt de São Paulo, que apontou que o corpo localizado na zona rural de Araras (SP), no domingo (02/12) é de fato da dona de casa Maria Helena Cardoso de Moura Magrini, de 48 anos que estava desaparecida desde o dia 22/11.

A informação foi divulgada pelo Dr. Tabajara Zuliani dos Santos, delegado responsável pelas investigações do crime que apontam o marido como autor do feminicídio.

O feminicídio mata mais de milhares de mulheres por dia e tem como principal agente alguém próximo da vítima, como o companheiro ou até um parente, como foi o caso da dona de casa Maria Helena Cardoso de Moura Magrini. O que todos os casos têm em comum é o fato de que as vítimas são sempre mulheres coagidas a cumprir determinado papel que lhes é forçosamente imposto, aquelas que não seguem o modelo acabam por serem punidas por não se encaixar, e o agressor quase sempre é exaltado por ter reprimido o que ele considera como inferior. Dessa maneira, as mulheres perdem o direito à autonomia e à própria vida.


Tem uma sugestão de reportagem? Nos envie através do WhatsApp (19) 99861-7717.

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