Na noite deste domingo (17) um morador do bairro Parque Tiradentes procurou atendimento da UPA 24h “Elisa Sbrissa Franchozza” por conta de uma possível inflamação na gargante e ouvido de sua filha de 7 anos de idade.
Na amanhã desta terça-feira o médico Dr. Fernando G. Guardia, assim que soube do caso entrou em contato com a nossa reportagem para explicar o mal-entendido sobre a “superdosagem” no tratamento de uma criança no último domingo (17) na UPA 24h em Araras (SP).
“A criança passou por consulta comigo por 2 vezes no domingo 17.06.18. Na primeira ela estava com uma infecção de garganta e ouvidos e após examina-la, decidi por tratá-la com analgésico e anti-inflamatório, deixando o sistema imunológico da criança combater os vírus e/ou micro-organismos causadores da infecção”, disse Guardia.
Ainda de acordo com o médico a criança é bastante saudável e pesava descontando a roupa 27,1 kg, conforme ele anotou na receita. Durante o dia o quadro se agravou e ela passou por uma segunda consulta com o próprio médico. As dores aumentaram e ao examina-lá novamente Dr. Fernando percebeu que a inflamação havia aumentado e a febre não cedia com os antitérmicos.
“Decidi por tratá-la com Amoxicilina numa dosagem mais alta, o que é permitido na literatura médica. É aí que vem a famosa frase “cada caso é um caso”. O número de ml ficou grande, 16 ml de 12 em 12 horas, porque:
– usei uma concentração maior porque considerei uma infecção GRAVE ( nem leve e nem moderada).
– a criança tinha peso acima da média para idade que é 22kg.
– Usei a Amoxicilina da rede pública que é “mais fraca”. Nas farmácias comuns existe a Amoxicilina de concentração maior, 400mg/ 5ml. Então se é “mais fraca” tenho que aumentar a dose. Por essas considerações é que acabei prescrevendo uma volume grande de medicamento”, ressaltou o médico.
Ainda segundo ele todo medicamento tem efeito colateral: diclofenaco dá gastrite, antialérgico dá sono, captopril pode dar tosse, berotec dá aceleração do coração, a Amoxicilina dá um pouco de diarreia e pra isso é só comer banana -maçã, canja de frango, purê de batata, bolacha de água e sal durante o tratamento.
“Espero ter esclarecido. Faço com carinho e atenção meu trabalho. Minha intenção é que todos fiquem felizes e saudáveis.”, finalizou
Ele portando estranhou a atitude da atendente em não fornecer o medicamento ao pai da criança, sobre o alerta da suposta superdosagem da AMOXILINA, uma vez que foi prescrito por um médico.
O CASO
Na noite deste domingo (17) um morador do bairro Parque Tiradentes procurou atendimento da UPA 24h “Elisa Sbrissa Franchozza” por conta de uma possível inflamação na gargante e ouvido de sua filha de 7 anos de idade.
Após ser consultada, o médico Dr. Fernando G. Guardia, acabou receitando uma superdosagem de AMOXILINA 250ml, indicando para que fosse ministrada para criança que pesa 24kg 16ml de 12 em 12 horas, conforme receita assinada por ele:
“Por sorte a atendente que distribui remédios no CAEM muito atenciosa, percebeu o erro e não entregou a medicação por conta da superdosagem e pediu para que levasse a receita para o médico rever a dosagem. Ele tinha colocado 15 ml, e depois rasurou para 16”, disse o pai.
Na bula que está disponível na internet, a dose recomendada para crianças dos 3 aos 12 anos é de 5 mL da suspensão 250 mg/5 mL, de 8 em 8 horas.
Em caso de superdosagem podem ocorrer sintomas gastrointestinais tais como náuseas, vômitos e diarreia. Nestes casos, o tratamento deve ser sintomático com atenção ao balanço hidreletrolítico. A amoxicilina pode ser removida da circulação por hemodiálise.
Nesta segunda-feira (18) o pai esteve novamente na UPA 24 e foi orientado pelo diretor do local Jonas Alves de Araújo, que pediu para ele voltar com a criança hoje para consultar com outro médico ou esperar até sexta-feira (22) para passar novamente com o Dr. Fernando G Guardia para rever a dosagem.
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