‘Preciso de bolsas de sangue do tipo A+’
Olá, Papai Noel, me chamo Ashalley Vitória, tenho 4 anos, e estou passando por um momento bem difícil, há pouco mais de um mês fui diagnosticada com leucemia…meu pedido é de fraldas descartáveis GG e bolsas de sangue A +”.
Essa cartinha, enviada à Campanha Papai Noel dos Correios em Rio Branco, ganhou repercussão e o pedido da pequena lutadora partiu o coração de quem leu.
A mãe de Ashalley, Cleonice Sousa, conta que a filha começou a apresentar os primeiros sintomas da doença no dia 28 de outubro deste ano e, desde então, ela foi internada no Hospital da Criança, em Rio Branco, e não saiu mais.
“Ela passou mal e vomitou sangue pela primeira vez. Eu levei ela para a UPA e me encaminharam para o pronto-socorro e depois aqui para o Hospital da Criança. Quando chegamos, a hematologista me deu logo um choque de realidade e disse que ela estava com a doença e que não tinha previsão de alta”, lembra, emocionada.
A mãe fala que a filha não tem muita noção da gravidade da doença, mas que sabe que precisa tomar sangue e, por isso, resolveu escrever a cartinha e fazer o pedido especial ao Papai Noel de doações de sangue e fraldas. Embora a doença seja muito agressiva, Cleonice diz que a filha é uma criança muito alegre e lutadora.
“Minha preocupação maior é com o sangue. Estamos precisando muito porque ela está tomando bastante para poder subir a imunidade dela. E não é só minha filha que precisa, muitas crianças estão precisando também”, afirma.
Cleonice, que está desempregada, fala que as dificuldades não são apenas financeiras, mas que o sofrimento em ver a filha nessa situação é muito grande.
“Pedi fraldas também porque têm dias que ela está muito fraquinha, ela faz quimio e a quimio deixa a criança muito fraca, por isso, ela não consegue sair da cama, então, como ela está pesadinha, eu não aguento levá-la até o banheiro e ela acaba fazendo xixi na cama”, acrescenta.
Mesmo com o diagnóstico da doença, a mãe diz que tem esperanças de que a filha fique boa logo. “Vamos continuar lutando com ela até ela se curar. Eu sempre falo para ela nós não vamos deixar a doença nos abater e que ela vai vencer e vamos lutar de mãos dadas”, complementa.
O pai da pequena, Alexandre Dantos, que não é casada com Cleonice, disse que no início chegou a perceber que a menina estava com umas manchas roxas nas pernas. “Eu fico com ela nos fins de semana e fiquei preocupado, porque queria saber o que eram aquelas manchas. Pensei que pudesse ser alguma batida, mas depois veio o diagnóstico”, lamenta.
Santos conta que ele e a mãe da pequena se revezam no hospital para cuidar da filha. “A Cleonice fica com ela durante todo o dia e eu fico à noite. Como temos que cuidar dela, não estou tendo como trabalhar, por isso pedimos ajuda. Tudo que eu peço a Deus é que ela fique boa logo”, finaliza.