Djeniffer teve sonho realizado há 4 anos por enfermeira que não conseguia engravidar.
Um pedido especial em uma cartinha uniu em São Carlos (SP) uma enfermeira que sonhava em ser mãe e uma menina que queria ganhar uma nova família.
A filha que a enfermeira e professora universitária Rosiane de Araújo Ferreira Polido tanto queria apareceu na vida dela de uma forma diferente. O processo de adoção foi demorado, mas deu certo.
Djeniffer de Oliveira tinha 10 anos quando escreveu a cartinha, por meio de uma ONG de Ribeirão Pires (SP), que chamou a atenção pelo pedido inusitado: “Querido papai do céu, este ano eu gostaria de ganhar uma família.”
Surpresa
A comerciante Liliane Ferreira Massa contou que a mãe dela pegava as cartinhas para ler e que se surpreendeu quando viu a de Djeniffer. Na mesma hora lembraram da prima Rosiane, que queria engravidar mas não conseguia.
“Depois de muito sofrimento e muitos anos de tratamento resolvi fazer uma oração a Deus. Vamos combinar: o senhor vai ter que colocar essa criança que o senhor tem para mim dentro da minha casa, me chamando de mãe”, contou Rosiane.
Após a cartinha com o pedido ao papai do céu, foi a vez do universo conspirar a favor e juntar a família.
“No dia que a Djeniffer chegou e me chamou de mãe, falei: o impossível aconteceu”, lembrou Rosiane.
A menina que morava em São Paulo foi conhecer a família em um feriado, mas não quis ficar. “Aí eu voltei para a terapeuta. Ela falou, olha Rosiane, você vai ter que entrar no mundo dela, que ela vai ter que sentir segurança”.
Rosiane e o marido, o médico Elder Polido, passaram vários finais de semana viajando para São Paulo até que a enfermeira fez o convite à minha: “Você quer ser minha filha?”, perguntou.
“E aí começou a nossa história. No dia 31 de março de 2014 decidi ser a mãe da Djeniffer e ela decidiu ser a minha filha”, disse Rosiane.
Amor pelos pais
Djeniffer contou que, ao morar com a família, começou a se soltar mais.
“A gente foi se conhecendo melhor e eu acabei me adaptando. Agora a gente tem uma intimidade bacana. Quando estou com eles, me sinto muito feliz porque eu amo muito meus pais”, disse a menina hoje com 15 anos.
Para o marido, mãe e filha tem um relacionamento intenso. E quem sempre acreditou que iria ensinar descobriu que ser mãe era antes de tudo aprender.
“Ela é mais forte que eu. A visão dela de mundo me trouxa à vida de novo. Essa é a minha família, a minha história e eu agradeço a Deus todos os dias”, disse Rosiane.
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