Menino de 5 anos com câncer no cérebro realiza sonho de ser PM por um dia

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‘A gente precisa sempre acreditar no amanhã’, diz mãe da criança

O menino Asaph Barbosa, de 5 anos, deixou os brinquedos de lado para realizar o sonho de ser policial militar por um dia em Campinas (SP), nesta sexta-feira (1). A criança luta há dois meses contra um câncer no cérebro e foi presenteada com uma farda personalizada durante surpresa realizada pelo 1º Batalhão de Ações Especiais (Baep) no Centro Lucy Montoro, onde faz tratamento.

O garoto foi até a sede do grupo junto ao pai, Bruno Dias Barbosa, em uma viatura adaptada com cadeirinha de transporte e sirenes ligadas. Segundo o tenente-coronel Marci Elber Rezende, em todo o trajeto Asaph se manteve atento às outras viaturas da PM que encontrava pelo caminho.

No local, o menino foi recebido por outros policiais e o cachorro “Pegus”, que ficou próximo dele a todo instante nas brincadeiras durante a visita privilegiada. Em companhia dos pais, Asaph conheceu a sala do tenente, onde experimentou a cadeira do posto, visitou o canil e também andou a cavalo com a irmã Deborah, de 3 anos. As crianças também receberam presentes e uma festa.

De acordo com o pai do garoto, o câncer foi descoberto por acaso, após Asaph cair e machucar a cabeça na creche onde estudava. Durante os exames, os médicos descobriram uma mancha no cérebro e pediram a internação. Dois dias depois, ele passava pela primeira cirurgia. Hoje, Asaph continua o tratamento com radioterapia e quimioterapia, e ele ainda deve durar dois meses.

ONG realiza sonhos

O encontro foi promovido pela ONG Make-a-wish (“faça um pedido”), que tem como objetivo realizar sonhos de crianças de 3 a 17 anos que tenham alguma doença que coloque a vida em risco. O primeiro contato foi feito pela mãe de Asaph, Joice Barbosa, que decidiu escrever uma carta.

Na sequência, os voluntários entraram em contato com a família e, durante uma conversa com o menino, descobriram a vontade dele em ser policial militar. “Ele disse que gostava muito de tudo, da farda, do visual dos policiais, então nós tentamos de todos os jeitos realizar esse sonho”, conta a coordenadora de sonhos da ONG em Campinas, Célia Rodrigues Enge.

A mãe da criança se emocionou e disse que a experiência foi mais do que realizar um sonho.

‘Abraçamos a causa’

O tenente-coronel Marci Elber Rezende foi quem abriu as portas do Batalhão após contato com a ONG. Ele explicou que a visita das crianças ao local é incomum, e a história emocionou a todos.

“Esse caso específico é bem diferente, até mesmo pelo sonho do garoto, isso nos sensibilizou. Praticamente todos nós aqui temos filhos, então nós abraçamos a causa e estamos fazendo o possível pra deixá-lo o mais feliz possível”, destaca.

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