Durante sua vida, foi o administrador de uma série de grupos, fóruns e sites destinados a este tipo de grupo, formando uma rede criminosa que reunia vários desses extremistas.
O brasiliense Marcello Valle Silveira Mello foi identificado pela polícia como sendo o responsável pela rede criminosa virtual que teria alimentado os ataques cometidos em Realengo, no ano de 2011, e na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano (SP), na última quarta-feira (13).
Com um passado de propagação de ódio contra mulheres, negros, nordestinos e população LGBT, o indivíduo sempre esteve ligado ao submundo do incentivo a extremismos nesta ordem.
Durante sua vida, foi o administrador de uma série de grupos, fóruns e sites destinados a este tipo de grupo, formando uma rede criminosa que reunia vários desses extremistas, na intenção de compartilhar, planejar e motivar ataques como o ocorrido na última semana.
Conhecido como um cracker, termo utilizado no mundo virtual para uma espécie de hacker do mal, Marcello era bastante respeitado neste submundo. No ano de 2011, mudou-se de Brasília para Curitiba, a fim de cursar Direito em uma faculdade particular.
Na época, criou o site chamado Silvio Koerich. Os seus frequentadores comemoram a ação realizada por Wellington Menezes, protagonista do massacre cometido na escola onde estudava, em Realengo.
Nesta chacina que chocou o país, realizada em 7 de abril de 2011, o rapaz matou 10 meninas e 2 meninos sendo que, em seguida, tirou sua própria vida. A perícia acabou por constatar a informação prestada pelas testemunhas de que o criminoso tinha preferência pelos alvos femininos, atirando para matar as mulheres, e para ferir os homens.
O ato foi louvado pelos frequentadores da rede de Marcello, os quais trataram Wellington Menezes como herói. A Polícia Federal, na oportunidade, investigou o atentado, fazendo com que o site Silvio Koerich saísse do ar.
Em agosto do mesmo ano, o site voltou, defendendo a legalização do estupro e da pedofilia, Defendia também uma espécie de “estupro corretivo”, pela denominação dos próprios usuários, para lésbicas, incentivando inclusive outros homens a matar mulheres.
