Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) tem apoio da Polícia Militar no cumprimento dos 5 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão.
Por G1 Campinas e Região e EPTV
O Ministério Público (MP) de Campinas (SP) prendeu cinco pessoas do alto escalão de prefeituras e de empresas contratadas em cidades das regiões de Campinas e Piracicaba (SP) nesta segunda-feira (7). Entre elas, o secretário de Serviços Públicos de Cordeirópolis (SP), Luiz Carlos Borges Machado da Silva (foto acima), e ex-secretário da pasta em Jaguariúna, Lucas Gabriel Lopes. Veja, abaixo, a lista completa de presos e seus cargos.
A operação atua contra crimes de fraudes em licitação e concurso público, falsidade ideológica e corrupção em cidades do interior do estado de São Paulo.
De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MP (Gaeco), os alvos dos cinco mandados de prisão temporária e 13 de busca e apreensão estão nas cidades de Campinas, Jaguariúna, Holambra, Cosmópolis, Cordeirópolis, Santo Antônio de Posse, Nova Odessa, Bauru (SP) e São José do Rio Preto (SP).
Quem são os presos
Os investigados estão sendo encaminhados para a 2ª Delegacia Seccional de Campinas. Já computadores e documentos aprendidos vão ser levados à sede do MP.
- Rosana da Graça Sciascia Ramos da Silva, sócia da Orhion Consultoria, empresa que organiza concursos públicos.
- Lucas Gabriel Lopes, ex-secretário municipal de Obras e Serviços em Jaguariúna.
- Dimas Antonio Starnini, superintendente do Consórcio Intermunicipal de Saneamento Ambiental (Consab), com sede em Cosmópolis.
- Carlos Magno Lucon, diretor da Secretaria de Serviços Públicos de Santo Antônio de Posse.
- Luiz Carlos Borges Machado da Silva, presidente do Saae e secretário de Serviços Públicos de Cordeirópolis.
O advogado Ralph Tórtima Filho atua na defesa de Rosana Silva e Lucas Lopes. Ele afirma que a empresa da sua cliente foi vendida há um mês. Em relação às prisões dos dois investigados, ele afirma que só irá se manifestar após ter acesso aos autos.
Grupo pagava propina
A operação foi denominada “Apaniguados”, e investigou durante mais de quatro meses o grupo criminoso. Segundo o Gaeco, os alvos são especialistas em fraudar concursos públicos, especialmente de consórcios públicos.
“Havia a participação direta de agentes públicos no esquema criminoso, responsáveis pela indicação dos candidatos que foram favorecidos nos concursos fraudados. Apurou-se, também, que o grupo pagava propina a agente público envolvido nos crimes”, diz o Gaeco.
Órgãos públicos entre os alvos
Veja a lista de locais que integram endereços dos mandados na operação:
- Campinas – condomínio no bairro Cambuí e consultoria de concursos públicos no distrito de Sousas, bairro Jardim Botânico.
- Cosmópolis – sede do Consórcio Intermunicipal na Área de Saneamento Ambiental (Consab), no Centro.
- Cordeirópolis – Secretaria Municipal de Serviços Públicos e o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), no Centro.
- Jaguariúna – Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos, no bairro Vargeão.
- Holambra – condomínio residencial no bairro Parque Nova Holanda
Esta reportagem está em atualização