Moradores fazem panelaço contra vizinha que denunciou música em condomínio no litoral de SP

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Apresentação musical em condomínio de Santos, no litoral paulista, durante a quarentena, tinha por objetivo mudar a rotina dos moradores, mas precisou ser interrompida.

Por G1 Santos

Moradores de um condomínio em Santos, no litoral de São Paulo, promoveram um panelaço após uma vizinha denunciar uma apresentação musical no local, em um projeto que objetivava amenizar a quarentena por conta da pandemia do novo coronavírus. Os condôminos se juntaram e contrataram um DJ para tocar músicas na piscina, mas o show acabou com a chegada da Polícia Militar e da Guarda Municipal.

O síndico do condomínio, localizado no bairro Vila Mathias, conta que era a segunda vez que o projeto acontecia. Walter Peres, de 53 anos, explica que a iniciativa surgiu após a sugestão de uma moradora, e a maioria do condomínio concordou com a ideia e formou um grupo para combinar detalhes da festa.

“Foi feita uma enquete, a maioria aceitou e fizemos. O primeiro evento eu patrocinei, como forma de retribuir o que eles [moradores] fazem por mim nesse período”, explica Walter. O síndico ainda relata que o primeiro evento teve uma aceitação muito boa entre os moradores, apesar de também ter recebido denúncia. Na época, como foi anônima, não houve a necessidade de interromper a música.

De acordo com o síndico, neste domingo, a moradora do prédio ao lado, responsável pela denúncia, estava junto e recebeu a Polícia Militar e a Guarda Municipal. Ele relata que os guardas entraram no prédio e explicaram que a multa poderia ser de até R$ 3 mil caso o som não fosse desligado. “Não quis pagar para ver, expliquei e desliguei o som. Depois, moradores fizeram panelaço, brigaram, já que uma reclamação fez o evento acabar”, finaliza o síndico.

O DJ responsável pelo equipamento e pelas luzes da festa criou o projeto Condomínio da Alegria, logo no início da quarentena. Caio dos Santos Joaquim, de 29 anos, conta que começou o projeto como forma de trazer leveza aos moradores. Ele é morador de outro prédio em Santos, onde fez o primeiro evento.

“São duas horas de música, todas respeitosas, sem serem impróprias. Os moradores se reuniram para fazer uma vaquinha e ter o evento, e muitas pessoas do outro prédio também curtiam”, disse Caio, idealizador do projeto.

Caio conta que a música precisou parar, mas que muitos moradores ficaram tristes com a situação, já que é um momento diferenciado em meio à rotina de isolamento pela pandemia. “Quem gosta quer se divertir, ter esse momento na semana, já que as outras horas são cheias de notícias negativas, sobre as mortes. A música alegra”, finaliza.

Guarda Civil Municipal

Em nota, a Prefeitura Municipal de Santos informou que a Guarda Civil Municipal (GCM) esteve no local, em função de ter recebido denúncia de perturbação do sossego, qualificando os responsáveis (registrando nomes e dados) pelo som excessivo, que cessaram imediatamente o barulho.

A administração ainda destaca que sempre que houver excesso de barulho, a reclamação pode ser feita em qualquer horário. A população, sempre que constatar irregularidades, poderá ligar para o disque denúncia 153.

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