A garota tinha ganhado na Justiça o direito de abortar, mas a médica realizou o parto sem o conhecimento da mãe da menina.
Morreu o bebê da argentina de 11 anos que foi estuprada pelo avô e submetida a uma cesárea sem consentimento. A criança, que nasceu no fim de fevereiro, veio a óbito nesta sexta-feira (8/3), devido a uma complicação respiratória grave, segundo a Folha de São Paulo.
O caso da menina teve grande repercussão no país, pouco antes da Lei do Aborto voltar a ser debatida no parlamento argentino após ser rejeitada no ano passado.
A garota foi estuprada pelo marido de sua avó, e graças a um pedido de sua mãe tinha conseguido permissão para abortar. A lei argentina prevê o direito ao procedimento em casos de estupro, risco de morte da mãe e má-formação do feto.
No dia 27 de fevereiro, data em que o aborto estava agendado, os médicos se recusaram a realizar o procedimento e deixaram o local. A médica que assumiu o caso, Cecília Ousset, realizou uma cesárea por conta própria, sem informar a mãe da menina. Ela disse que “algo deveria ser feito, pois a menina apresentava sintomas de pré-eclâmpsia e não teria como continuar com a gravidez”.
Os médicos que se recusaram a participar do procedimento disseram que devido a uma demora de três semanas para a Justiça liberar o aborto a gravidez estava avançada e a operação seria de alto risco.