Sertanejo de 29 anos e a namorada, de 19, morreram em um acidente de carro em 2015
O motorista Ronaldo Miranda foi condenado por homicídio culposo – quando não há intenção de matar — pelas mortes do cantor Cristiano Araújo, 29 anos, e de Allana Moraes, 19. Miranda conduzia o carro que levava o sertanejo e a namorada, após um show em Itumbiara, Goiânia, quando saiu da pista e capotou na BR-153, em 2015.
Segundo a sentença, dada pela juíza Patrícia Machado Carrijo, Miranda deve cumprir de dois a quatro anos de detenção em regime aberto, com prestação de serviços à comunidade e pagamento de dez salários mínimos para uma entidade social a ser definida. Além disso, ele terá sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa por dois anos. Miranda também foi sentenciado a pagar 25.000 reais aos sucessores de cada uma das vítimas, como reparação de danos. Cabe recurso contra a decisão.
Na decisão, a magistrada afirma que a sentença é apropriada já que o motorista teve “conduta culposa”, e foi “negligente, imprudente e imperito”, resultando na perda de duas vidas. Mesmo parecer foi dado durante a investigação do caso, conduzida pelo delegado Fabiano Henrique Jacomelis. Segundo ele, Miranda foi negligente por dirigir acima do limite de velocidade permitido na pista e com rodas com danos, parecer que culminou no indiciamento do motorista.
Um documento elaborado pela Land Rover, fabricante do veículo, registra que o carro estaria a uma velocidade de 179 km/h segundos antes do acidente – a velocidade permitida no trecho é de 110 km/h. O motorista nega, afirmando que conduzia em torno de 120 km/h.
“Nesse contexto, resta comprovada a autoria do tipo penal imputado ao acusado Ronaldo Miranda Ribeiro, pois tinha plena ciência sobre as condições precárias das rodas instaladas no veículo e do risco inerente da sua utilização no momento de sua condução”, diz a juíza.
Cristiano e Allana estavam no banco de trás do veículo, sem cinto de segurança, quando sofreram o acidente no dia 24 de junho de 2015. Também estava no veículo o empresário Victor Leonardo, que, assim como o motorista, ficou com ferimentos leves.
Sobre o modo como o casal estava no carro, o motorista afirma que Cristiano sempre usava o cinto de segurança, porém, não quis usá-lo naquele dia. Segundo o processo, Miranda “não insistiu para Cristiano e Allana utilizarem o cinto de segurança porque era seu patrão”.
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