Motorista suspeito do assassinato de jovem de 19 anos é preso e confessa crime em Rio Claro, SP

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Rodrijes Dragone Spiller ficou desaparecido por dois dias após o crime e seu carro foi encontrado próximo ao corpo da jovem. Ele já tinha sido ouvido e liberado na terça-feira (10).

Por G1 São Carlos e Araraquara

A Polícia Civil de Rio Claro (SP) prendeu, na tarde desta sexta-feira (13), o motorista Rodrijes Dragone Spiller, de 36 anos, por suspeita de assassinar a empregada doméstica Ana Talita da Silva, de 19.

A prisão temporária de 30 dias foi decretada pela Justiça. O motorista, que estava desaparecido, havia se apresentado à polícia, quando prestou depoimento e negou envolvimento. Após a prisão, ele confessou o crime, segundo a Polícia Civil.

O corpo da vítima foi encontrado na noite de domingo (8) próximo ao distrito de Assistência, com várias perfurações. Ela estava desaparecida desde sábado (7) quando saiu para fazer alguns serviços externos para a patroa e solicitou o motorista de aplicativo. Próximo ao corpo, na zona rural, a polícia encontrou o carro de Spiller abandonado.

Corpo de Ana Talita da Silva foi encontrado em Rio Claro — Foto: Arquivo Pessoal

Motivação ainda é apurada

Em coletiva de imprensa nesta sexta, a polícia informou que ainda apura a motivação do crime, mas Spiller alegou que tinha um relacionamento com a jovem. “Disse que ela permanecia atrás dele, que ele não queria dar continuidade no relacionamento e ela não aceitava e ficava atrás dele”, disse o delegado Alexandre Socolowski.

Ainda segundo a polícia, o motorista disse que durante uma discussão segurou a jovem pelo pescoço e depois pegou uma faca que estava no porta-malas, atingindo Ana Talita no pescoço. Segundo a polícia, o corpo da jovem tinha duas perfurações.

Depois de cometer o crime, ele foi cortar o cabelo e também foi para a casa da mãe. A intenção era conseguir um álibi para enganar a polícia, de acordo com o delegado.

Imagens de câmeras de segurança ajudaram a polícia a esclarecer o crime. A polícia deve fazer uma reconstituição nos próximos dias.

Delegado seccional de Rio Claro Paulo Henrique Nabuco de Araújo — Foto: Reprodução/EPTV

Desaparecimento

Segundo a mãe, Maria Auxiliadora Bezerra, Ana Talita, que era de Ipeúna, costumava fazer serviços de banco e compras para a patroa, que é cadeirante.

No sábado à tarde, ela saiu para ir ao supermercado com o motorista Spiller, que era de confiança e sempre prestava esse serviço, e desapareceu. A mãe contou que a filha não ficava sem enviar mensagens e sempre avisava quando chegava e quando saía do serviço.

No sábado, a última mensagem da filha foi para avisar que ela tinha chegado ao trabalho. No fim da tarde, por volta das 17h, a mãe recebeu uma ligação da patroa contando que Ana Talita tinha saído após o almoço para ir ao mercado e ainda não tinha retornado.

Maria foi à delegacia, registrou um boletim de ocorrência sobre o desaparecimento e, junto com o marido, foi a hospitais, rodoviária, shopping e outros lugares na tentativa de conseguir alguma informação.

Maria Auxiliadora Bezerra, mãe da jovem morta em Rio Claro — Foto: Reprodução/EPTV

Carro abandonado

O carro de Spiller foi abandonado na mesma região onde estava o corpo da jovem, mas ele estava desaparecido desde então.

Na terça-feira (10), ele se apresentou na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) para prestar depoimento e foi liberado. Spiller disse em depoimento que é inocente saiu pelos fundos da delegacia e não deu declarações.

À polícia disse que abandonou o carro porque ele estava sendo cobrado por dívidas.

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