Najila também explica o motivo de manter conversas com o jogador depois do ocorrido.
A modelo que acusa Neymar se pronunciou pela primeira vez. Em entrevista ao repórter Roberto Cabrini, do SBT, Najila Trindade reafirmou ter sido vítima de estupro e de agressão e que todo o problema começou porque o jogador não tinha preservativo. Ela disse ter se negado a fazer sexo sem camisinha, mas acusa Neymar de ter prosseguido com o ato mesmo assim e relata o que aconteceu.
“Fui vítima de estupro. Agressão juntamente com estupro”, disse.
“Você trouxe preservativo? Ele disse não. Então eu disse que não ia acontecer nada além disso porque não podemos. E ele não respondeu nada e a gente continuou. Ele virou, cometeu o ato. Eu pedi para ele parar. Enquanto ele cometia o ato, continuava batendo na minha bunda violentamente”, afirmou.
“Eu falei: “Para, para. Não! Para”. Ele não se comunicava muito, só agia”, completou.
Najila confirmou que Neymar pagou as passagens dela para Paris e também as despesas com hotel. Ela também admitiu que foi para a capital com intuito de fazer sexo com o jogador. Mas explica quando acha que a vontade de fazer sexo com o jogador se transformou em estupro.
“Meu intuito era esse, ter uma relação sexual com ele. Conversei com ele como uma pessoa comum. Era um intuito sexual, era um desejo meu, ficou até claro para ele isso. Ele perguntou quando eu poderia ir e eu disse ‘No momento não posso’. Questões financeiras, não poderia ir. E também a questão da minha agenda, do meu trabalho. E ele disse: ‘Tá, eu posso resolver isso’”, disse.
“A partir do momento que ele se tornou agressivo, que ele não tinha levado preservativo e eu disse que então não podemos. Ele ficou calado, então para mim ele tinha entendido que não poderíamos ir além. A partir do momento que me segurou violentamente, ele estava me obrigando a ficar ali”, afirmou, também confirmando que a relação aconteceu sem o uso de preservativo.
Najila também explica o motivo de manter conversas com o jogador depois do ocorrido.
“Porque primeiro que tive que assimilar tudo, todo o acontecimento”, diz.
“Não consegui reagir devido aos traumas. E depois eu sabia que se não falasse com ele normalmente, ele não iria mais falar comigo. Eu não teria como provar o que ele fez comigo”, completa.
A modelo também explica a troca de advogados. Segundo ela, o primeiro profissional contratado não parecia estar acreditando na acusação de estupro e até a impedia de prestar queixa na polícia.
“Eu comecei a desconfiar disso (que o advogado poderia estar tentando extorquir Neymar e o pai) no momento que ele não deixava dar queixa. Fui (à polícia) contra a vontade dos advogados. Por isso ele definiu abandonar o caso”, diz.
Por fim, até confirma ter dívidas, mas garante que o objetivo não é ganhar dinheiro, mas sim fazer justiça.
“Não (tinha expectativa de compensação financeira). Quero justiça, ele me fez muito mal e estou traumatizada até hoje por isso. Quero que ele pague pelo que ele fez”, diz.
Entenda o caso
Neymar foi acusado de estupro por uma mulher cuja identidade foi preservada pela polícia. Ela registrou boletim de ocorrência na sexta-feira (31), revelado pelo ESPN.com.br no sábado 1º de junho, na 6ª Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher, em São Paulo.
Segundo o documento, ela alegou ter conhecido o jogador de Paris Saint-Germain e seleção brasileira nas redes sociais. E no dia 12 de maio, um assessor identificado como Gallo entrou em contato fornecendo passagens e hospedagem para ela viajar para Paris, na França. Ela afirmou ter embarcado no dia 14 e chego no dia 15.
A mulher também relatou que ficou no Hotel Sofitel Paris Arc Du Triumphe e recebeu o atleta de 27 anos por volta de 20h locais do dia 15. Segundo ela, o jogador chegou “aparentemente embriagado”. “Começaram a conversar, trocaram carícias, porém, em determinado momento, Neymar se tornou agressivo e, mediante violência, praticou relação sexual.”
Tanto Neymar, por meio de vídeo em uma rede social – que depois o tirou do ar – na qual expôs as conversas com a mulher, quanto seu pai, Neymar da Silva Santos, em duas entrevistas à TV Bandeirantes, uma por telefone e a outra participando ao vivo de um programa, negam que tenha havido estupro. Eles confirmam que houve relação sexual, mas que a mesma foi consensual.
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