Mulher é condenada a 37 anos por matar jovem em disputa por emprego

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Angélica da Cruz, autora das facadas, seu pai e marido cumprirão pena em regime fechado. 

Três pessoas presas por envolvimento no assassinato da jovem Érica de Oliveira Silva, de 24 anos, foram condenadas após mais de 16 horas de julgamento, que terminou apenas na madrugada desta quinta-feira (5). A quarta ré foi absolvida de todas as acusações. No começo de 2018, a jovem foi morta a facadas pela vizinha, em Santos, no litoral paulista, por conta de disputa por uma vaga de emprego.

O crime ocorreu no bairro Monte Cabrão, na Área Continental de Santos. Érica voltava para casa quando foi provocada pela vizinha Angélica da Cruz. O pai da agressora teria segurado Érica. Angélica pegou uma faca, dado pelo marido, e deu vários golpes em Érica e nas irmãs dela. Logo após a briga, ela fugiu e só se apresentou na delegacia dias depois, acompanhada do advogado, alegando legítima defesa.

Angélica, autora das facadas, foi condenada a 37 anos e quatro meses de prisão em regime fechado, por homicídio duplamente qualificado e duas tentativas de homicídio qualificado. O pai dela, Francisco da Cruz, foi condenado a 18 anos e oito meses por duas tentativas de homicídio qualificado. O marido Ronaldo Pereira dos Santos também foi condenado a 18 anos e oito meses por duas tentativas de homicídio qualificado. A madrasta Solange Cruz foi absolvida de todas as acusações.

No julgamento, que começou às 10h desta quarta-feira (4), foram ouvidos os quatro réus e sete testemunhas, sendo cinco de acusação, entre elas as duas irmãs da vítima que também foram esfaqueadas, uma testemunha de defesa e uma comum das partes.

O advogado de acusação, Airton Sinto, logo após o julgamento e explicou que as condenações de Angélica e Francisco foram ‘exemplares’, com responsabilidade corretamente atribuída. Porém, ele revela que estudará eventual recurso contra a absolvição da acusação de homicídio de Ronaldo e absolvição das tentativas de homicídio da madrasta. A advogada de defesa ainda pode recorrer das decisões.

O caso

Segundo a polícia, Érica e mais três irmãs voltavam para casa quando Angélica, que trabalhava em uma barraca de bananas, as viu na rua e começou a provocar a vítima. Durante a discussão, o pai da acusada teria segurado Érica para que ela ficasse imóvel enquanto a filha esfaqueava a vítima. A faca foi entregue à suspeita pelo próprio marido que, segundo testemunhas, também teve participação no crime.

Érica deu entrada no Pronto Atendimento Médico (PAM) da Rodoviária de Guarujá já sem vida. Débora e Daniele também foram levadas para a mesma unidade de saúde e em razão da gravidade do caso foram transferidas na mesma noite para o Hospital Santo Amaro.

Quase duas semanas depois do crime, o pai, marido e madrasta de Angélica também foram indiciados por homicídio por terem ajudado a assassinar a vizinha. Eles tiveram prisão preventiva decretada. Francisco de Assis da Cruz , Solange Cristina da Luz Cruz e Ronaldo Pereira dos Santos também serão réus no julgamento. O pai de Angélica nega ter ajudado a matar Érica.

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