Mulher luta com estuprador e escapa de crime em SP: ‘Era isso ou a morte’

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Ela conseguiu fugir depois de entrar em luta corporal com o agressor. Caso foi registrado na Delegacia Sede de Praia Grande.

Uma mulher sofreu uma tentativa de estupro e lutou com o agressor enquanto voltava do trabalho em Praia Grande, no litoral de São Paulo. A camareira Maria Ivanilda da Conceição, de 43 anos, voltava para casa e foi abordada no bairro Vila Mirim quando desceu do ônibus por volta de 18h do último sábado (1º).

Ela disse que se confundiu e desceu um ponto antes. Ela explica que depois de dez minutos andando em direção à sua rua, viu um homem suspeito e tentou ir até uma igreja próxima para despistar. “Ele começou a me xingar, me ameaçou com a faca e mandou eu fingir que era sua esposa”, conta.

A camareira relata que o homem a levou até um terreno baldio. No local, ele abaixou as calças e tentou obrigá-la a ter relações sexuais com ele, sob ameaças constantes. Ivanilda conta que negou, pediu que ele parasse e fosse embora, até que entrou em luta corporal com o homem.

“Eu pedia a Deus para que ele não me deixasse morrer”, desabafa. Ela disse que conseguiu segurar a faca que o agressor levou e que a briga durou cerca de 15 minutos. Ele ainda deu pedradas na camareira, que conseguiu fugir do local depois de reagir.

A vítima conta que voltou para a Avenida Roberto de Almeida Vinhas, onde tinha descido do ônibus, para pedir ajuda. Ela relata que estava ensanguentada e com a roupa rasgada, por isso ninguém queria parar. Depois de um tempo, uma jovem parou, perguntou o que tinha acontecido e a levou até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Quietude. Ivanilda afirma que no local fez boletim de ocorrência e foi tranquilizada por enfermeiras e policiais. “Se eu não tivesse lutado, teria morrido. Era isso ou a morte”.

Na unidade, a camareira também foi medicada e depois os policiais a levaram para casa. Apesar de tranquilizada, ela conta que o sentimento é de impunidade e insegurança.

“Nós mulheres somos alvo e não temos nem o direito de ir e vir do trabalho. Precisamos depender dos nossos maridos para buscar a gente no ponto e só assim não ser agredida”.

O caso foi registrado na Delegacia Sede de Praia Grande, onde será investigado pela Polícia Civil. Segundo apurado, imagens de câmeras de monitoramento podem ajudar a descobrir a identidade do suspeito. Até agora, porém, ele não foi localizado.

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