Larissa Bernardo, de 22 anos, foi morta a facadas. A filha do ex-casal, uma menina de 1 ano e 7 meses, ficou 8 horas como refém do pai, que se matou.
Um post com uma foto de Larissa Bernardo, sua bebê de 1 ano e 7 meses e o ex-companheiro em uma rede social escondia a situação de terror no bairro José Tonolli, em Itapira (SP), horas antes do crime no fim de semana. O homem fez as duas reféns, matou a mulher a facadas e se matou com um tiro. A bebê sobreviveu. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso.
A arma de fogo e a faca foram apreendidas. A ocorrência foi registrada na delegacia da cidade como homicídio qualificado, suicídio consumado, sequestro e cárcere privado. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado, o agravante de feminicídio ainda poderá ser inserido na investigação.
Logo após a publicação – que dizia “Pense o que quiser. O importante é a gente ser feliz” -, a vítima, de 22 anos, conseguiu enviar um pedido de socorro para a irmã, Jéssica Bernardo, dizendo que o ex-companheiro Marcos Roberto Parreira, de 34 anos, a havia pegado. Os dois estavam separados há cerca de 15 dias.
Ela havia se mudado para o bairro e ele alugou uma casa na mesma região na última semana. O homem fez a ex e a filha bebê reféns dentro de casa. A irmã da vítima chamou a polícia e o ex-cunhado reagiu.
“A polícia bateu no portão. No que bateu no portão, escutou um barulho muito grande lá dentro, daí ela saiu e gritou: ‘tô morrendo!'”, contou a irmã.
Polícia Militar, Guarda Municipal e o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) foram acionados e isolaram a residência para negociar a liberação das vítimas. A mulher foi morta com cerca de 20 facadas e o corpo foi retirado da casa pela polícia.
Às 3h30 de domingo, a bebê foi resgatada, logo após Marcos tirar a própria vida. A menina ficou oito horas como refém do pai.
Agressão anterior
A família de Larissa acredita que o crime foi premeditado. Outra irmã da jovem, Ângela Graziela de Araújo conta que a vítima já havia sido agredida no dia 26 de outubro, a sexta-feira antes do segundo turno das eleições.
“Ela fez [exame de ] corpo de delito, ele foi preso no sábado, só que pela lei da eleição ele não ficou preso”.
“Ele já estava com medida protetiva, ele sabia que ele ia preso. Certeza que ele ia fazer o que ele fez”, afirma a irmã Jéssica.
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