O Mapa da Violência de Gênero mostra como cada grupo da população sofre de forma diferente com a violência.
A plataforma Mapa da Violência de Gênero, lançada pela Gênero e Número, com apoio da Alianza Latinoamericana para la Tecnología Cívica, é uma iniciativa que tem o objetivo de mostrar como homens e mulheres são afetados de maneiras diferentes pela violência no Brasil.
Em 2017, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) registrou 26.835 casos de estupros em todo o país. Isso significa que, por dia, 73 pessoas tiveram seus corpos violados naquele ano. Em 89% dos casos, as mulheres foram as vítimas da violência.
No mesmo ano, o Sinan registrou 209.580 casos de violência física no país. Em 67% deles, as mulheres foram vítimas. No Distrito Federal, esse índice chegou a 75%, e o mais baixo foi 54%, no Amazonas.
Em 2016, o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) registrou 58.010 assassinatos no Brasil. Em 92% dos casos, as vítimas eram homens.
No entanto, as mulheres são vítimas mais frequentes de homicídios praticados dentro de suas casas: 30% das mulheres assassinadas morreram em suas casas. Entre os homens, o índice é de 11%.
Quando os homicídios são analisados a partir do recorte de raça, as mulheres negras foram maioria entre as mulheres assassinadas em 2016 (64%) e os homens negros representam o total de 68% de pessoas assassinadas no Brasil naquele ano.
O estudo ainda apontou que as taxas de homicídios para os homens são bem mais altas, mas existe uma diferença clara entre os homicídios de negros e não negros. A taxa nacional em 2016 de assassinatos de homens negros foi de 735 por 100 mil habitantes, enquanto a de não negros foi de 254 por 100 mil.
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