Namorado de universitária morta após receber ajuda fala sobre tragédia: ‘Tudo o que sinto se resume em saudade’

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Mariana Bazza, de 19 anos, foi encontrada morta um dia depois de desaparecer em Bariri (SP).

O namorado da universitária Mariana Bazza, de 19 anos, encontrada morta após desaparecer na terça-feira (24), em Bariri, escreveu um longo texto em seu perfil no Facebook para falar sobre a perda.

“Deus coloca as pessoas em nossas vidas sempre por um motivo, lembro a primeira vez que te vi e logo me encantei, mas nunca imaginei que um dia te chamaria de minha namorada. Quando menos esperávamos ali estávamos jurando amor eterno. Você se tornou minha companhia, minha melhor amiga, a pessoa que eu queria viver todos os dias de minha vida.”, escreveu Jefferson Vianna.

O rapaz relatou uma das últimas conversas que teve com a jovem. “Criamos sonhos juntos, nossa última conversa era qual o nome que íamos dar aos nossos filhos, planos de logo morarmos juntos e dividir mais que carinho, um lar, construindo juntos nossos objetivos.”

“Tudo que eu sinto resume em saudades de você, e queria te dizer isso pessoalmente, meu amor: para sempre eu vou te amar.”

“Que nosso Deus te dê aquele abraço que hoje eu não posso te dar.”

A publicação do namorado da universitária já teve quase 2 mil compartilhamentos.

A última mensagem que Mariana mandou para o namorado foi a foto do suspeito trocando o pneu do carro dela. Essa foto, juntamente com as imagens das câmeras de segurança, ajudaram a polícia a chegar até o principal suspeito de ter cometido o assassinato.

O homem, de 37 anos, tem diversas passagens pela polícia, entre elas roubo e estupro.

Jefferson e Mariana faziam planos de morar juntos — Foto: Reprodução/Facebook

Homenagens

A morte inesperada da jovem causou comoção na cidade e também na internet. Centenas de homenagens foram postadas no perfil dela, que foi transformado em um memorial, como acontece com os perfis no Facebook de pessoas que morrem.

Amigos, incrédulos com a perda, lembraram momentos que viveram com a jovem, que cursava o 2º ano de fisioterapia. Já no perfil da mãe as pessoas aproveitaram para prestar condolências e desejar conforto.

O corpo de Mariana está sendo velado no Velório Municipal de Bariri, e o enterro está previsto para as 13h.

Suspeito de matar universitária Mariana Bazza, de Bariri, ajudou a jovem a trocar o pneu — Foto: TV TEM/Arquivo Pessoal

Entenda o caso

A investigação da polícia apontou que o principal suspeito de matar Mariana é Rodrigo Pereira Alves, de 37 anos. Ele é quem aparece nas imagens da câmera de segurança da academia que a vítima frequentava conversando com a jovem, que, ao sair do local, encontrou o pneu do carro esvaziado.

As imagens mostram o momento em que o suspeito aborda Mariana na saída da academia e os dois conversam.

Logo depois ele atravessa a rua e entra em um terreno de chácara onde trabalhava como pintor. Mariana pega o carro, dá a volta na avenida e entra no imóvel onde o criminoso estava esperando para trocar o pneu do veículo.

A câmera também registrou o momento em que o carro da jovem deixa o terreno, cerca de uma hora depois. Mas nas imagens não é possível ver quem estava na direção.

Com base nas imagens a polícia identificou o suspeito, que foi preso em Itápolis, a 60 quilômetros de Bariri, escondido no telhado de uma casa.

Rodrigo foi levado para a delegacia, onde passou a madrugada, e indicou onde estava o corpo. Com a localização fornecida pelo criminoso, a polícia encontrou Mariana. Ela estava amarrada a amordaçada em uma área de canavial em Cambaratiba, distrito de Ibitinga, cidade próxima a Bariri.

Aparentemente não havia sinais de crime sexual, mas segundo a polícia, somente a perícia vai apontar o que aconteceu, inclusive a causa da morte. A perícia esteve no local e o corpo foi encaminhado para o IML de Araraquara.

De acordo com a polícia, o homem negou ter matado a universitária e afirmou que houve a participação de uma segunda pessoa no crime. No entanto, a polícia considera essa versão fantasiosa.

Corpo foi encontrado em uma área de canavial na região de Bariri — Foto: Polícia Civil / Divulgação
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