Não caia nas armadilhas do crédito consignado

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Este tipo de crédito tornou-se a modalidade favorita dos Brasileiros, devido às taxas de juros mais baixas no mercado, porém os consumidores ainda estão despreparados para esse tipo de crédito, principalmente os idosos.

O Crédito Consignado, nada mais é que uma modalidade empréstimo pessoal, que tem o desconto da prestação feito diretamente na folha de pagamento, pensão ou aposentadoria, antes mesmo que o consumidor tenha acesso a esse dinheiro.
Este tipo de crédito tornou-se a modalidade favorita dos brasileiros, devido às taxas de juros mais baixas do mercado, prazos maiores do que os habituais, pouca burocracia na hora de contratar, liberação rápida do dinheiro que na maioria dos casos acontece em menos de 24 horas, além disso, não há consulta aos órgãos de proteção ao crédito como SPC e SERASA.
As taxas de juros são mais baixas, pois esse tipo de crédito é mais seguro para quem está emprestando, a cobrança é praticamente automática e a responsabilidade é da empresa empregadora, do sindicato ou do órgão do governo. Assim, traz menos riscos para os bancos já que é garantido o pagamento das parcelas em dia. O consignado pode ser obtido em bancos ou financeiras.
Quem pode obter?

O Crédito consignado não está disponível para todo o consumidor, para ter acesso a esta modalidade é necessário estar dentro de uma das condições abaixo:

• Ser aposentado ou pensionista do INSS;
• Ser funcionário das Forças Armadas;
• Ser funcionário público federal, estadual ou municipal;
• Trabalhar com carteira assinada (a empresa precisa ter convênio com o banco ou financeira);
Em 2004 com a Lei 10.953, foi estendido aos aposentados e pensionistas o acesso ao crédito consignado, porém não há muito para comemorar com a inserção dos idosos neste tipo de crédito, já que são consumidores mais vulneráveis e por isso mais fáceis de serem iludidos pelos assédios dos bancos com propostas de crédito fácil, assim como pelos conhecidos pastinhas e até mesmo de pessoas da própria família.

Os idosos ainda estão despreparados para fazer o uso do consignado, pois este tipo de crédito possui problemas recorrentes como: fraudes cometidas por quadrilhas e o sobre endividamento. Logo, esta modalidade pode se tornar um problema e não uma solução no caso dos idosos.

Não é raro encontrar cobranças indevidas, juros acima do permitido (2,08% a.m), taxas que não podem ser cobradas e parcelas que oneram mais de 30% da renda do idoso.

Os principais problemas enfrentados pelos idosos em relação ao consignado são:

• Aposentados que contratam empréstimos sem tomar conhecimento;
• Aposentados que tem empréstimos em seu nome sem nunca ter visto a cor do dinheiro;
• Aposentados que tem mais de 30% da sua renda comprometida com consignado.

Por um lado parece ser a salvação da pátria um empréstimo com juros tão baixos e com pouca burocracia para adquirir, porém não é bem assim.  Até poderia ser, se o consumidor neste caso, os aposentados e pensionistas, conseguissem organizar a vida financeiramente, utilizassem o crédito de uma forma saudável, não onerando mais que 30% de sua renda, mas não é o que acontece.

O que era para ser uma saída do aperto financeiro de muitos deles acaba virando uma dívida muito alta, exatamente pelos juros baixos, pois o consumidor acredita que por caber no bolso, poder utilizar desenfreadamente e por consequência, acaba se endividando.

Muitos familiares também aproveitam desse benefício do idoso e costumam pedir para que o mesmo pegue um empréstimo para outros fins que não do próprio aposentado, não honrando com as parcelas e o deixando endividado. E deste crédito não há como escapar, já que ele é descontado mensalmente direto do benefício, o aposentado/pensionista nem vê a cor desse dinheiro.
O consumidor que, a qualquer momento, se sentir prejudicado por operações irregulares ou que identificar descumprimento do contrato por parte da instituição financeira ou de normas estabelecidas pela IN 28, pode registrar sua reclamação no INSS, através do site www.previdencia.gov.br, pela Central 135, também poderá fazer uma reclamação formal à respectiva instituição bancária e ao Banco Central.

Tem uma sugestão de reportagem? Nos envie através do WhatsApp (19) 99861-7717.

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