Não podemos soltar presos e pôr em risco população, diz Moro sobre crise do coronavírus

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De acordo com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, a segurança pública e a administração não devem ser paradas por uma epidemia que ainda não chegou nos presídios.

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, revelou que o Governo Federal pretende vacinar presos contra a gripe comum, para evitar confusão com os sintomas do Covid-19. Segundo o ministro, até o momento, o País não registra casos de coronavírus no sistema prisional e, por isso, não há necessidade de tomar “medidas equivocadas”. As informações foram divulgadas em entrevista à Folha de S.Paulo.

Abordado sobre o comportamento de Jair Bolsonaro, que minimizou a pandemia de coronavírus e cumprimentou pessoas aglomeradas no último domingo, 15, mesmo estando sob suspeita de contaminação, o ministro não quis comentar.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, Sérgio Moro comentou sobre as medidas de proteção para os presos do sistema carcerário. O ministro considera que as medidas divulgadas em portaria pelo Governo Federal podem ser efetivas contra a contaminação com o coronavírus, mesmo diante da pandemia e do cenário de superlotação nas prisões. Ele ressalta que restringir as saídas temporárias e as visitas pode gerar uma reação dentro das cadeias. No entanto, não endossa os movimentos para soltar presos durante a pandemia.

De acordo com o ministro Sérgio Moro, é possível avaliar a ampliação da prisão domiciliar para parte da população carcerária. Porém, ele considera que não deve haver precipitação, considerando que ainda não há registros de presos infectados com o coronavírus no Brasil. “Não podemos, a pretexto de proteger a população prisional, vulnerar excessivamente a população que está fora das prisões. Como não temos que as atividades criminais serão suspensas ou interrompidas, tampouco pode se paralisar a segurança pública.”, disse o ministro à Folha de S. Paulo.

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