Vítima, de 14 anos, sofreu uma fratura no punho direito, mas já recebeu alta médica. Ele e outros dois menores foram atropelados na madrugada do último sábado (8). Adolescente de 17 anos, confessou que dirigia o veículo no momento do atropelamento.
O adolescente de 14 anos que foi atropelado na calçada por um carro enquanto voltava com três amigos de um parque em Ibitinga (SP), na madrugada de sábado (8), disse que mal teve tempo de reagir quando percebeu o veículo.
“A gente estava voltando do parque, indo embora. Tudo tranquilo. Na hora que olhei para o lado, vi o carro. Nem deu tempo de se mexer nem nada”, conta o menino, que sofreu uma fratura no punho direito, mas já recebeu alta médica.
Com o impacto do atropelamento, ele foi jogado sobre o capô do carro e chegou a ser arrastado por alguns metros pelo veículo na Avenida Engenheiro Ivanil Francischini (assista acima). Além dele, dois dos outros garotos também foram atingidos. Todos têm entre 14 e 15 anos, segundo o pai do adolescente ferido.
“O que sofreu mais fui eu. Só consegui descer do capô do outro lado da rua, porque eu pulei. Depois disso, ele [o motorista] tentou voltar de novo, só que a gente correu.”
O suspeito de dirigir o carro é um adolescente de 17 anos. Ele se entregou à polícia na manhã de segunda-feira (10). Em depoimento inicial, confessou que não dirigia o veículo no momento do atropelamento, mas depois alegou que era o motorista.
Segundo a Polícia Civil, o adolescente estava no carro com a namorada, uma criança, que seria o filho do casal, a irmã e o cunhado. Nossa reportagem apurou que o pai dele teria reconhecido o próprio carro nas imagens e, por isso, decidiu confrontar o filho e levá-lo até a delegacia para prestar depoimento.
Aos policiais, o garoto revelou que, horas antes do incidente, houve uma confusão no parque de onde o grupo que foi atropelado retornava e que esse conflito teria motivado o atropelamento. Depois, no entanto, ele percebeu que os adolescentes atingidos não eram os mesmos envolvidos na suposta confusão.
O adolescente de 14 anos que foi atropelado disse que não conhece o motorista e que não houve nenhuma briga entre ambos. Ele também afirmou que o condutor teria gritado para o grupo dizendo que bateria neles momento depois do atropelamento. “Ele disse que ia bater em nós. Eu só escutei isso”, relembra. O pai do menino ferido pede por justiça.
“O que eu mais desejo é que seja cumprida a lei. A lei foi feita para se cumprir”, diz Moisés Menino Moraes, que trabalha como tapeceiro na cidade.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, o adolescente de 17 anos que confessou dirigir o carro vai responder em liberdade por ato infracional análogo a tentativa de homicídio.