Novas supostas vítimas de abusos sexuais do padre Leandro Ricardo procuram a Polícia Civil em Araras, SP

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Padre Pedro Leandro Ricardo foi afastado pela Igreja Católica em janeiro; Vaticano investiga casos.

Duas supostas novas vítimas de abusos sexuais praticados pelo padre Pedro Leandro Ricardo, de Americana (SP), procuraram a Polícia Civil de Araras (SP), por telefone, para relatar os casos. Ele foi afastado pela Igreja Católica e é investigado pelo Vaticano, sob segredo canônico.

De acordo com informações, ambas procuraram os policiais nesta manhã de quarta-feira (20), mas não foram ouvidas. A previsão é de que isso corra até o fim da semana.

Uma pessoa que prefere não se identificar contou à EPTV, afiliada TV Globo, que foi assediada pelo religioso quando tinha 13 anos. Ela decidiu falar só depois de ouvir os primeiros relatos.

Segundo a vítima, o padre, investigado pela Polícia Civil e afastado desde janeiro das funções reitor e pároco da Basílica Santo Antônio de Pádua, em Americana, teria realizado várias investidas.

“Ele pegava na coxa da gente, fazia carinho na mão. Uma vez chegou assim dele tomar um toque muito grande ni mim, assim, deslizar a mão pelo meu corpo […] eu percebi que algo de errado tava acontecendo, que não era normal aquilo”, diz.

De acordo com a vítima, a situação provocou traumas emocionais, pessoais e sociais. “É um trauma mesmo que gera na criança. Porque, às vezes, a criança não entende por que ela é assim ou assado. Foi por causa desses abusos, dessas agressões, né, desses crimes.”

Vítimas de supostos abusos têm procurado a Polícia Civil para relatar os ocorridos, em Americana, Limeira (SP) e também em Araras (SP). Há inquéritos abertos.
Um ex-coroinha afirma ser mais uma vítima de suposto abuso sexual do Padre Pedro Leandro Ricardo, reitor e pároco da Basílica Santo Antônio de Pádua, em Americana (SP). O homem, que não quis ser identificado na reportagem, disse que foi obrigado a fazer sexo oral no padre.

Vaticano

Nesta quarta (20), o bispo nomeado pelo Vaticano para investigar o caso do padre Leandro e também as denúncias contra o bispo Vilson Dias de Oliveira, colheu depoimentos em um colégio no centro de Limeira (SP). Quatro pessoas foram ouvidas. Dom Vilson é acusado de extorquir padres da região e ainda acobertar os casos de abuso sexual supostamente cometidos pelo padre da basílica de Americana.

Entre as pessoas que conversaram com o representante do Vaticano está um homem que trabalhou na Basílica Santo Antônio de Pádua e que alega ter sido perseguido quando após alertar o Ministério Público (MP) sobre uma reforma que estava descaracterizando o prédio da igreja.

Ele conta que depois que a obra foi paralisada, a diocese de Limeira abriu um processo judicial acusando o ex-funcionário de roubo de objetos da basílica. Ele, no entanto, conseguiu provar a inocência na Justiça.

“Isso é, simplesmente, uma perseguição. Uma perseguição acirrada, desumana e desonesta. Não saio mais de casa. Eu não posso ir num supermercado. Eu entro no supermercado e vejo que as pessoas me apontam como se fosse o maior ladrão do mundo”, afirma.

O que diz a defesa?

A defesa do padre Pedro Leandro Ricardo disse que o padre diz ser inocente e, no momento adequado, vai apresentar documentos e provas para demonstrar isso.

A diocese de Limeira, que responde por Dom Vilson Dias de Oliveira, comentou que o bispo continua trabalhando normalmente e que mantém a posição de não falar sobre as denúncias.

Ainda não há um prazo para o representante do Vaticano, bispo Dom João Inácio Muller, concluir as investigações aqui na região.

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