O que você precisa saber antes de decidir dar comida para seu bichinho

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Dieta alternativa precisa ser acompanhada por profissional. Animais podem sofrer com falta de nutrientes.

Dar uma chega pra lá na ração e alimentar o pet com comida caseira é uma opção de muitos donos e tutores de cães e gatos. Mas para garantir a nutrição do bichinho, é preciso estar atento à composição e quantidade dos alimentos, bem como dos nutrientes necessários para cada raça, porte e faixa etária deles.

Os animais precisam receber, todos os dias, de 35 a 40 nutrientes, entre eles vitaminas, minerais, aminoácidos e ácidos graxos. O alimento em si não é tão importante, explica Fabio Alves Teixeira, doutor pela Universidade de São Paulo (USP) e fundador da Sociedade Brasileira de Nutrição e Nutrologia de Cães e Gatos do Colégio Brasileiro de Nutrição Animal. “o que importa é saber se esses nutrientes estão na composição dos alimentos”.

A alimentação natural ou caseira deve levar em conta o peso do animal e sua necessidade energética, além de seu estado de saúde. É essa relação entre peso e energia que vai basear a quantidade de calorias que eles devem ingerir por dia.

Ficar atento às quantidades é fundamental. Fornecer algo demais ou de menos pode causar um desequilíbrio nas funções vitais dos bichinhos. Segundo o veterinário, a indicação é que animais

Cuidados

Muitas vezes, os animais ficam com as sobras do almoço ou do jantar. Isso é prejudicial, além da parte nutricional, porque a comida que comemos vem carregada de temperos, gorduras e condimentos que podem fazer mal aos animais, prejudicando o funcionamento renal e de outros órgãos.

Para cães adultos, a refeição deve conter proteína, carboidrato, extrato etéreo (óleo e gordura), fibra, minerais e vitaminas, tudo de maneira que eles consigam absorver e utilizar. Por isso, mesmo adotando arroz, feijão, carne e vegetais, a comida do cão ainda precisaria de ingredientes como fosfato, cálcio, suplemento mineral e vitamínico.

“Os ingredientes e a quantidade de cada um deles deve ser seguida à risca. Esse tipo de dieta (alternativa) sempre requer suplementação, pois quando oferecemos nossos alimentos comuns, como carne, frango, legumes, vegetais e etc, por mais balanceada que seja a dieta, ainda existe um déficit de alguns elementos básicos e fundamentais“, explica Jade Petronilho, veterinária da Petlove.

A suplementação pode ser feita em farmácias de manipulação, mas também existem as já vendidas por marcas de pets.

Com o aumento da adoção da alimentação alternativa (feita em casa) sem acompanhamento de um veterinário ou zootecnista, Teixeira conta que passou a atender muitos bichinhos com deficiências nutricionais de cálcio, vitamina D e amina, por exemplo.

“Isso acontecia quando os cães comiam restos de comida, mas o problema ressurgiu com essa alimentação alternativa. Hoje os donos dão alimentos de alto custo (quinoa, filé mignon, batata doce), mas faltam nutrientes.”

O que seu animal precisa comer

Para fornecer todos os nutrientes importantes para o seu bichinho, há alguns tipos de alimentos que não podem faltar:

  • Proteína: Ela pode vir de de origem animal e vegetal. Nas rações, está presente, principalmente, por meio das vísceras ou farinha de carne e ossos;
  • Carboidrato: Milho, arroz, trigo;
  • Gordura: Nas rações, presente por meio de óleo de peixe (ômega 3), óleos vegetais (ômega 6) e algumas gorduras de origem animal;
  • Vitaminas e minerais: Cálcio, fósforo, zinco, potássio, sódio, ferro, misturas vitamínicas (A, complexo B, D, E, K).
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