Onde vamos parar! Vereador tem mandato cassado por suspeita de participação em assalto no interior de SP

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Parlamentares votaram pedido de cassação de Paulo César Nascimento, o Paulinho do Bar (Cidadania). No crime do qual ele é suspeito de envolvimento, R$ 55 mil foram roubados de uma empresária da cidade.

A Câmara de Campos Novos Paulista (SP) cassou nesta terça-feira (8), por seis votos favoráveis a dois contrários, o mandato do vereador Paulo César Nascimento, conhecido como Paulinho do Bar (Cidadania), suspeito de participação em um assalto registrado em setembro do ano passado.

Durante a sessão extraordinária, que teve início às 9h, os parlamentares fizeram a leitura na íntegra do relatório da Comissão Processante (CP) que pedia a cassação do vereador. Na sequência, antes da votação, cada vereador teve 15 minutos para se pronunciar sobre o caso. Por volta das 19h20, os vereadores da Casa Legislativa aprovaram o relatório da CP, por seis votos a dois, e cassaram o mandato de Paulinho do Bar.

CP e Investigação

No dia 16 de agosto deste ano foi aberta a CP contra o vereador por unanimidade, com sete votos favoráveis entre os nove vereadores – não votaram o parlamentar suspeito e o presidente da Casa. Na época em que o crime foi cometido, um homem foi preso em flagrante após uma empresária da cidade ter R$ 55 mil levados pelos criminosos.

A partir dessa prisão, a Polícia Civil chegou ao nome do vereador que, de acordo com o inquérito, teria enviado a foto da vítima para o homem preso. Após a aprovação da CP, os integrantes da comissão foram definidos por sorteio: Décio Gomes (PSL) como presidente, enquanto a relatoria ficou com Benedito Machado (PSDB) e Edson José Firmino (PSDB) se tornou membro. A CP tinha 90 dias de prazo para concluir a investigação.

O advogado do parlamentar, Clayton Biondi, alegou que “a defesa foi prejudicada, pois não recebeu intimação pessoal para realização da presente sessão, isso causará reflexo no Poder Judiciário” e afirmou que “percebe-se que é um julgamento político e não técnico”.

“Diante de alguns defeitos jurídicos, respeitosamente falando, ocorridos dentro do processo, a defesa buscará a solução junto ao poder judiciário”, completou o advogado.

O delegado da Polícia Civil Marcel Ito Okuma, responsável pelo inquérito policial, disse que a investigação ainda não foi concluída e não pode fornecer detalhes sobre a apuração, mas afirmou que aguarda decisão judicial para a realização de diligências.

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