Grupo é vulnerável aos vírus que provocam doenças respiratórias.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo está convocando as pessoas com doenças crônicas e comorbidades a comparecerem aos postos de saúde para se imunizar contra a gripe. A cobertura vacinal entre eles é de 24%, no momento.
De acordo com a pasta, até agora foram vacinadas 675.958 pessoas deste grupo, contemplado na segunda etapa da campanha iniciada no dia 16 de abril. A meta estadual é vacinar pelo menos 90% de um total de 2,8 milhões de doentes crônicos, grupo suscetível a vírus que provocam doenças respiratórias, como influenza e o novo coronavírus.
A campanha de vacinação contra a gripe começou em 23 de março. São Paulo vacinou, em tempo recorde, 100% dos idosos contra a gripe, marco histórico alcançado em apenas 17 dias de campanha, informou a secretaria.
Até o dia 23 de abril, foram vacinados 5,3 milhões de idosos (100%), 1,2 milhão de trabalhadores em saúde (89%) e 109,6 mil em forças de segurança e salvamento, grupos da primeira etapa. Já na segunda etapa, foram 3,5 mil indígenas (71%), 29,2 mil caminhoneiros, 19 mil motoristas de transporte coletivo, 1,9 mil portuários e 26 mil pessoas do sistema prisional.
O Dia de D, para todos os grupos do público-alvo, será em 9 de maio.
“A vacina previne a população-alvo contra o vírus Influenza e é fundamental para evitar complicações decorrentes da gripe. Lembramos que o respeito a etapas e orientações dos postos é necessário, para que não ocorram aglomerações, de forma a evitar a transmissão de doenças respiratórias, como a covid-19 e a própria gripe”, afirmou a diretora de Imunização da Secretaria, Nubia Araujo. “A vacina não causa gripe em quem tomar a dose, pois é composta apenas de fragmentos do vírus que causam a devida proteção.”
Na campanha nacional de 2020, o Instituto Butantan entregou ao Brasil 75 milhões de doses da vacina, 10 milhões a mais em comparação a 2019. Neste ano, as doses são constituídas por três cepas de Influenza: A/Brisbane/02/2018 (H1N1)pdm09, A/South Austrália/34/2019 (H3N2) e B/Washington/02/2019 (linhagem B/Victoria).
Coronavírus
A vacina contra a gripe não imuniza contra o novo coronavírus, mas a campanha é fundamental para reduzir o número de pessoas com sintomas respiratórios nos próximos meses. “Além de proteger a população contra a Influenza, precisamos minimizar o impacto sobre os serviços de saúde em meio a pandemia de covid-19, já que os sintomas destas doenças são semelhantes”, disse o secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann.
A orientação aos profissionais que vão trabalha na campanha é para que haja organização da fila e do ambiente. Deverá ser feita uma triagem com identificação de sintomático respiratório (presença de febre, tosse, coriza e falta de ar). Se a pessoa apresentar febre ou mau estado geral, deverá ser colocada máscara no paciente e adiada a vacina, com recomendação de seguir o isolamento domiciliar.
As equipes deverão anotar as doses aplicadas, com mesas e distanciamento de pelo menos 1 metro entre o anotador e paciente. Cada profissional deverá usar caneta própria e álcool deverá ficar disponível para uso. O vacinador não precisa utilizar luvas nem máscara cirúrgica, apenas seguir as normas de higienização.
Etapas da campanha de 2020
Etapa 1: Começou em 23 de março, para idosos acima de 60 anos e trabalhadores da saúde; e em 30 de março para forças de segurança e salvamento;
Etapa 2: Começou em 16 de abril para portadores de doenças crônicas, comorbidades e outras condições clínicas especiais; caminhoneiros, motoristas de transporte coletivo e portuários; sistema prisional; indígenas;
Etapa 3: a partir de 9 de maio, para demais públicos, incluindo pessoas acima de 55 anos, pessoas com deficiências, professores (rede pública e privada), crianças (de 6 meses a menores de 6 anos), gestantes e puérperas (mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias);
Dia de D: 9 de maio, para todos os grupos do público-alvo.