Padre envolvido em caso de extorsão que levou a morte de PM é preso por embriaguez ao volante

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Suspenso preventivamente do ofício sacerdotal, Edson Maurício foi parado em uma blitz em São Carlos (SP) na noite de quarta-feira (2) e submetido ao teste de bafômetro.

Um padre de 51 anos foi detido em São Carlos (SP) por embriaguez ao volante na noite de quarta-feira (2). Ele foi levado ao Plantão Policial e como não pagou a fiança de R$ 5 mil por ser reincidente foi encaminhado ao Centro de Triagem.

O advogado Arlindo Basílio informou que o padre passou pela audiência de custódia nesta manhã e conseguiu a liberdade provisória.

O padre Edson Maurício, que era responsável pela Paróquia de Santo Expedito, em Matão, está afastado das funções desde fevereiro do ano passado após a divulgação de um caso envolvendo extorsão por vídeo de sexo e morte de um policial militar.

Segundo informações do boletim de ocorrência, na noite de quarta o padre dirigia pela Avenida Liberdade, no Jardim Santa Paula, próximo à Universidade de São Paulo (USP), quando foi parado em uma blitz. O padre foi submetido ao teste do bafômetro que constatou 1,17 miligramas por litro de ar expelido no teste.

Lei Seca

Na Lei Seca nenhuma quantidade de álcool é tolerada. Até 0,33 miligrama por litro de ar expelido é considerado infração e as punições são multa de R$ 2.934,70 e suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por um ano.

Para casos acima de 0,34 miligramas, o motorista é levado para a delegacia e responde por crime de trânsito mesmo que não tenha se envolvido em acidente. As punições são: multa de R$ 2.934,70, suspensão da CNH por um ano e prisão que pode variar de seis meses a três anos

Contrária à embriaguez

Em nota, a Diocese de São Carlos informou que o padre está suspenso preventivamente do seu ofício sacerdotal por decreto do bispo diocesano, Dom Paulo Cezar Costa.

A diocese ressalta que, “em defesa da vida e do bem estar comum, é contrária à embriaguez ao volante e defende o interesse geral de proibir atos desta natureza, respeitando qualquer procedimento e apoiando as autoridades públicas, civis e militares, a fim de fiscalizar e coibir situações análogas”.

Escândalo em Matão

Em fevereiro de 2018, o sargento da Força Tática Paulo Sérgio de Arruda morreu ao ser baleado por criminosos enquanto apurava ameaças realizadas contra o padre Edson Maurício em Matão.

Segundo a Polícia Civil, o padre morava na cidade e foi extorquido por criminosos. Com medo, ele ligou para um amigo que entrou em contato com o sargento Arruda. Mesmo de folga, o PM0 e outros três policiais foram com padre até a casa dele no bairro Residencial Olivio Benassi.

Os criminosos, que também marcaram de ir ao local, notaram a movimentação de carros e já entraram armados na casa. Houve troca de tiros e Arruda foi atingido duas vezes no peito.

O sargento chegou a ser socorrido pelos outros policiais, mas não resistiu aos ferimentos. Os suspeitos de cometerem o crime fugiram. O padre não se feriu.

Os três acusados da extorsão se entregaram à policia dias após o crime, mas negam ter atirado no sargento. Em abril, a Polícia Civil concluiu o inquérito e denunciou os três suspeitos por homicídio qualificado e extorsão.

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