Religioso relembrou episódio ocorrido há uma semana quando foi vítima de atentado ao ser empurrado de altar durante celebração em Cachoeira Paulista (SP) .
Em missa neste domingo (21), o Padre Marcelo Rossi afirmou aos fiéis que passou por um “batismo de fogo” e que foi um “milagre” estar vivo após ser empurrado do altar por uma mulher em Cachoeira Paulista (SP). Ele ainda classificou o episódio como batismo de fogo.
“Eu parecia um boneco, gente. Uma criança me falou :’Padre, você é o Superman’. E eu falei: ‘não sou Superman, não. O Superman sobe, eu caio'”, afirmou.
O religioso caiu de uma altura de 1,80 metro depois de ser empurrado do altar durante uma celebração na Canção Nova no último domingo (14). A mulher que assistia à missa furou a segurança, invadiu o altar e empurrou o padre. Ele sofreu apenas escoriações.
Ao lembrar o episódio, o sacerdote contou aos fiéis o que se recorda da ação. “Eu só vi um alguém para ganhar força para arremessar longe e ser jogado. Amados, eu caí. A cena que eu vi de cima, não era para eu estar aqui. Por isso estou contando para vocês. Deus, isso aí é milagre”, disse.
O padre ainda afirmou aos fiéis que irá sempre celebrar por ter sobrevivido ao atentado. “No livro da minha vida já está marcado, minha data de nascimento (20 de maio), a outra data é o dia seguinte que pra mim é importantíssimo porque fui batizado (21 de maio) e a partir agora eu chamo de batismo de fogo, 14 de julho de 2019. Nós vamos celebrar sempre”, destaca.
Na celebração no Santuário Mãe de Deus em São Paulo, o Padre Marcelo Rossi ainda lembrou que sentiu muitas dores após a queda e do atendimento no local.
“É de arrepiar. Estavam os paramédicos, eles queriam tocar e eu falava ‘calma, calma, espera um pouquinho’. A dor é tanta que você não sabe localizar. Era na perna, que eu bati. Depois que eu localizei, eu ouvi uma pessoa dizendo para levar de maca. Levar de maca nada. Naquele momento, uma força. Eu cheguei e levantei para honra e glória de Jesus. Se o inimigo pensa que vai vencer, não vai não”, afirmou na missa.
Aos fiéis, o padre ainda afirmou que passou por todos os exames e que ainda tem escoriações por causa da queda, mas não teve nenhuma fratura.
“Eu estava arrebentado lá embaixo, mas Deus não permitiu que nada acontecesse”, afirmou o religioso
Ocorrência
O religioso disse que não vai apresentar queixa contra a mulher. Mas o caso está sendo investigado pela Polícia Civil, como lesão corporal, a partir de uma representação da Canção Nova, organizadora do evento em que o ataque ocorreu, na tarde de domingo (14).
De acordo com o boletim de ocorrência, o padre alegou que “não deseja tomar nenhuma medida legal/criminal em face da autora e que não deseja processá-la criminalmente pelas lesões sofridas”.
Segundo a Polícia Civil, a mulher prestou depoimento, apresentava quadro de confusão mental e alegou sofrer de transtorno bipolar. Ela veio do Rio de Janeiro para o evento em uma caravana organizada por ela, acompanhada do filho de dois anos.
Após o registro, ela foi abordada pela imprensa e, ao ser questionada sobre o motivo da agressão, informou que isso era entre ela e o padre. “Isso é entre ele e eu, ele e eu”.
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