Pai de garota morta após mãe ir para a balada diz que mulher era relapsa

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O pai de Ana Carolina Vieira de Almeida, de 8 anos, relatou que a mãe costumava sair e ficar até três dias fora.

Por G1 Santos

“Fui ver se a minha filha estava bem e a achei dura e gelada. Entrei em desespero. Encontrei minha menina enrolada em uma coberta, morta na cama. É uma dor muito grande”. Esse é o desabafo do pai da menina de oito anos encontrada morta após ser deixada sozinha em casa pela mãe, que, segundo familiares, foi a uma balada em Praia Grande, no litoral de São Paulo.

O desempregado Paulo César Reis de Almeida, de 50 anos, nesta terça-feira (30) e relatou como está lidando com a morte da filha. Ana Carolina Vieira de Almeida morreu dentro da casa em que morava no último domingo (28). Segundo familiares, a criança era deficiente física e foi deixada sozinha pela mãe. A suspeita é de que ela tenha tido um refluxo e morrido engasgada.

“Está sendo muito difícil lidar com isso. Por que ela não me avisou que iria sair e eu cuidava da minha filha?”, questiona Paulo. O desempregado afirma que a mãe de Ana era violenta com ele e já o agrediu diversas vezes, além disso, ele relata que ela tinha se tornado ‘relapsa’ com os filhos desde o começo do ano.

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Abandono

“Ela era uma boa mãe, mas em 2019 tudo mudou. Até abandonou a fisioterapia da filha. Sumia direto e ficava três dias fora de casa”, acrescenta. De acordo com ele, a mulher ainda buscou os outros dois filhos e os levou para casa da irmã nesta segunda-feira (29).

“Não sei o que ela alegou na delegacia, mas foi buscá-los acompanhada de viaturas. Ela não demonstrou arrependimento, apenas me culpou. Não consigo nem comer. Acionei o Conselho Tutelar e agora espero que as autoridades competentes tomem as devidas providências”, finaliza.

De acordo com familiares, o velório e enterro de Ana devem ocorrer nesta terça-feira (30). O caso foi registrado na Delegacia Sede de Praia Grande, mas foi encaminhado para equipes do 2º DP, que seguem investigando a ocorrência. O G1 tentou contato com a mulher mas, até a publicação desta reportagem, não houve retorno.

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