Pai de influenciadora invade casa e espanca filha por ela ser lésbica

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No vídeo compartilhado, a jovem, que namora uma menina, aparece no chão, chorando e com escoriações na perna.

Lara Inácio, maquiadora e influenciadora digital, causou comoção nas redes sociais na última segunda-feira, 11, ao relatar que foi vítima de homofobia pelo próprio pai. A youtuber contou que o agressor invadiu a casa onde ela está morando com a tia, em Governador Celso Ramos, no interior de Santa Catarina (SC), e a espancou.

No vídeo compartilhado, a jovem, que namora uma menina, aparece no chão, chorando e com escoriações na perna. “O dia foi longo… tivemos a nossa casa invadida, eu estava sozinha e apanhei igual cachorro, em cima da minha própria cama e depois na rua deitada! Mas homofobia não existe, né? Qual o nome que vocês dão para quem bate em filha porque ela fica com menina? Eu estou fora de moda ou não se chama mais homofobia?”, disparou.

Segundo Lara, seu pai a expulsou de casa quando soube que ela é lésbica. A youtuber, então, foi morar na casa da tia. E foi nesta residência que ela foi agredida pelo pai.

Após a divulgação das imagens, a digital influencer ainda foi acusada de promover o caso para ficar famosa. Sem papas na língua, ela se defendeu: “‘Tentou ficar famosinha’. Gente, sério que tem gente que consegue pensar em uma merda dessa? Essa pessoa acha que estou gravando trollagem para o meu canal do YouTube? O dia em que eu ficar famosa, se um dia eu ficar, certamente vai ser pelo meu trabalho, meu talento e não com uma história triste, porém real da minha vida. Eu desabafo aqui primeiro porque o perfil é meu e segundo que eu não posso mais me calar diante de situações e coisas que tenho que ouvir (como essa), porque ainda tem muita gente que passa pelo que eu já me livrei e passa calado. Eu posso falar, eu vou falar”.

https://youtu.be/wsZYIi3EATI

Como identificar a homofobia

Em alguns casos, a discriminação pode ser discreta e sutil, como negar-se a prestar serviços. Não contratar ou barrar promoções no trabalho e dar tratamento desigual a LGBT são atos homofóbicos também.

Mas muitas vezes o preconceito se torna evidente com agressões verbais, físicas e morais, chegando a ameaças e tentativas de assassinato.

Qualquer que seja a forma de discriminação, é importante que a vítima denuncie o ocorrido. A orientação sexual ou a identidade de gênero não deve, em hipótese alguma, ser motivo para o tratamento degradante de um ser humano.

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