Pai de menino diabético faz abaixo-assinado para pedir que empresa volte a fabricar picolé sem açúcar

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Por Natália de Oliveira, G1 Sorocaba e Jundiaí

O pai de um menino de 10 anos diagnosticado recentemente com diabetes resolveu fazer um abaixo-assinado online depois que descobriu que uma marca de sorvetes parou de fabricar uma das únicas opções de picolé sem adição de açúcar que ele encontrou disponível no mercado.

Em entrevista, o analista de sistemas Leandro Costa Camilo, morador de Jundiaí (SP), conta que, quando a família teve a confirmação da doença de Enzo Nascimento Camilo, em novembro do ano passado, eles passaram a pesquisar alternativas saudáveis para que o menino não fosse totalmente privado dos doces.

“Inicialmente, ficamos bastante assustados, porque é um mundo totalmente novo. A gente não sabia como lidar. O que a gente sabia é que tinha que cortar muitos tipos de alimentos e que ia ficar dependente da insulina. Enquanto isso, o Enzo encarou tudo super bem, de forma tão madura. Por isso, a gente precisava encontrar uma forma de aliviar as coisas para ele”, lembra o pai.

Como o menino gosta muito de sorvete, Leandro logo descobriu na internet um picolé de frutas vermelhas sem adição de açúcar. O sorvete, da marca Kibon, ainda trazia o selo da Associação Nacional de Atenção ao Diabetes (Anad).

Enzo, de 10 anos, descobriu o picolé de frutas vermelhas sem adição de açúcar — Foto: Leandro Camilo Costa/Arquivo pessoal

Mas, depois de comprar o sorvete para o filho algumas vezes, Leandro não encontrou mais. Em contato com a fabricante, ele foi informado que a linha de sorvetes zero tinha sido descontinuada e os que Leandro encontrou, provavelmente, eram os últimos do estoque.

Foi aí que ele teve a ideia de fazer um abaixo-assinado online para que a empresa retomasse a fabricação da linha zero adição de açúcar. Em menos de um mês, a petição online já reúne mais de 20 mil assinaturas.

Em nota à reportagem, a Kibon informou que parou de fabricar o sorvete sem adição de açúcar em setembro do ano passado, mas “reconhece a importância da linha Zero e, por isso, estuda a reformulação de seu portfólio”.

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