Brasil é líder mundial em incidência de raios, que aumentam durante verão e primavera
Nos últimos seis anos, o Brasil teve, em média, 77,8 milhões de raios por ano. O número é bem superior aos 55 milhões calculados em 2002, de acordo com o Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Elat/Inpe). O País é líder mundial na incidência desse fenômeno.
Em 2012, cerca de 94,3 milhões de raios foram descarregados no território nacional. A ocorrência do La Niña, que eleva a temperatura dos corpos d’água na região Norte, corrobora para essa taxa.
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As estações que mais concentram as descargas de relâmpagos são o Verão (43%) e a Primavera (33%), que começou na última semana. Nesse período, a população deve estar alerta, pois nessa época é que se concentram 90% dos casos registrados ao longo do ano, por causa do choque de massas de ar com temperaturas diferentes.
Nova tecnologia
O Elat desenvolveu uma rede de sensores que monitora a ocorrência de raios em todo o território brasileiro, chamada Rede BrasilDAT. Além de detectar cerca de 99% das tempestades que ocorrem no País, a rede tem uma base de dados de raios que permite esclarecer a causa da maior parte dos eventos associados a eles.
A rede também permite aperfeiçoar as ferramentas de alerta para a proteção de vidas, considerando que, no Brasil, em média, 300 pessoas são atingidas por raios a cada ano, das quais 100 morrem. O número, embora tenha reduzido nos últimos anos, ainda é muito alto, comparado a países desenvolvidos.
Estados
O levantamento do Elat revela que o estado com maior densidade de raios é Tocantins, com 17,1 raios por quilômetro quadrado. Em seguida vêm Amazonas (15,8), Acre (15,8), Maranhão (13,3), Pará (12,4), Rondônia (11,4), Mato Grosso (11,1), Roraima (7,9), Piauí (7,7) e São Paulo (5,2).
A cidade de Santa Maria das Barreiras (PA) apresenta um índice de 44,32 raios por quilômetro quadrado por ano e carrega o título de município com maior densidade de raios do País.
Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Ciência, Tecnologias, Inovações e Comunicações
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