Mulheres, adultos jovens e pessoas com doenças pré-existentes foram as que tiveram a saúde mental mais afetada no primeiro ano da pandemia.
O estresse sem precedentes causado pelo isolamento social durante a pandemia da Covid-19 foi um dos principais motivos para o aumento de 25% dos casos de ansiedade e depressão em todo o mundo no primeiro ano da pandemia, segundo mostrou um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado na quarta-feira (2).
As restrições mais rígidas impostas no período, impossibilitando as pessoas de trabalharem, de terem convívio social ou de contar com o apoio de familiares, também são apontadas como fatores que prejudicaram a saúde mental de pessoas de todo o mundo, bem como a solidão, o medo despertado pela doença, o luto pelas mortes de pessoas queridas e as preocupações financeiras.
Entre os profissionais de saúde, a exaustão apareceu como um gatilho relevante para pensamentos suicidas, segundo o relatório elaborado pela OMS por meio da revisão de estudos científicos.
“As informações que temos agora sobre o impacto do Covid-19 na saúde mental do mundo são apenas a ponta do iceberg”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em comunicado enviado à imprensa sobre o relatório.