Para cuidar dos filhos com alergia ao leite de vaca, pais mudam rotina e provam que amor faz parte do tratamento

PUBLICIDADE

Dos primeiros sintomas até a cura, as famílias passam por diversas fases e desafios.

É sempre muito angustiante estar com o filho doente. Qualquer febre é motivo de preocupação e atenção especial. Não saber o motivo dos sintomas é muito pior.

Este é um dos principais pontos levantados em uma pesquisa realizada com 192 pais e responsáveis de crianças com Alergia à Proteína ao Leite de Vaca (APLV), realizada pelo Instituto Neointel Research na Semana Mundial da Alergia, que aconteceu em abril.

Segundo a pesquisadora e nutricionista Fabiana Driusso, 42% dos entrevistados relataram que apesar das inseguranças e incertezas que esta doença gera, sentem-se aliviados por terem um diagnóstico preciso.

Dos primeiros sintomas até a cura, as famílias passam por diversas fases e desafios, mas é justamente a demora na conclusão de um diagnóstico correto que é observado como o principal fator que mais dificulta o processo (47%).

Identificada a doença, 52% dos pais sentem-se bastante desafiados, pois precisam realizar mudanças em sua rotina e na vida social. A convivência social da criança é uma grande dificuldade para 49% dos entrevistados e tem um peso importante no dia a dia, pois 34% assumem evitar festas e eventos, enquanto 31% dos entrevistados admitem adiar viagens.

Foi observado também que as famílias realizam ajustes nas suas residências, como adequação dos utensílios e alimentação de todos os membros da casa (20%), além de orientar e conscientizar cuidadores como babás e parentes (55%). Cerca de 34% dos entrevistados afirmaram adiar a matrícula da criança na escola ou creche e 25% relataram ter parado de trabalhar para cuidar do paciente.

Para garantir uma melhor qualidade de vida para os pequenos, os pais estudam a complexidade da doença e buscam constantemente apoio e trocas de experiências em grupos nas redes sociais (56%), com médicos especialistas (31%), com os médicos generalistas (29%) e com os nutricionistas (20%).

Fabiana observou que esses pais anseiam especialmente por informações de alimentos “limpos” (50%). Uma das principais buscas de informações é sobre receitas isentas das proteínas do leite (31%). Já 22% relatam o desejo por informações sobre produtos de higiene “limpos”, como lenços umedecidos, hidratante, sabonetes e shampoos.

E mesmo com todas estas restrições, adequações, mudanças e incertezas, 23% dos pais relataram a sensação de crescimento pessoal e 17% consideram-se felizes por poderem ajudar seus filhos a terem uma melhor qualidade de vida.

Não foi possível mensurar na pesquisa, mas sim, podemos afirmar que o amor incondicional desses pais ajuda muito no tratamento e na cura da APLV.


Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste site. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros, sendo passível de retirada, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.

Tem uma sugestão de reportagem? Nos envie através do WhatsApp (19) 99861-7717.

PUBLICIDADE
PLÍNIO DPVAT